O primeiro -ministro da Malásia pediu uma explicação para o presidente russo Vladimir Putin, depois que as Nações Unidas concluíram que a Rússia foi responsável pelo desembarque do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014.
Anwar Ibrahim disse: "Esta é uma grande oportunidade de dar uma explicação ao governo russo (...) e a Malásia continua buscando justiça através de um processo independente e justo com a cooperação de todos os partidos".
As informações foram publicadas na Rede Social X na quarta -feira à noite, após uma reunião entre as cabeças dos dois governos em Moscou.
A visita de quatro dias do primeiro-ministro da Malásia à Rússia começou na terça-feira, o segundo dia da ICAO da Administração de Aviação Civil das Nações Unidas, que decidiu que a Rússia era responsável pelo colapso do voo do MH17.
Em 17 de julho de 2014, a Boeing 777 voou de Amsterdã para Kuala Lumpur para o território separatista pró-russo preso pelo território russo na Ucrânia.
Todos os 298 passageiros e membros da tripulação estavam mortos, incluindo 196 holandês, 43 malaios e 38 australianos.
Anwar acrescentou em um vídeo publicado na rede social depois de se encontrar com o presidente russo: "Putin o ouviu com cuidado e expressou solidariedade e condolências à família da vítima".
O líder da Malásia disse que Putin respondeu que a Rússia estaria disposta a cooperar com a investigação, desde que a Rússia seja independente e "não politizada".
Na terça -feira, o porta -voz da presidência russa Dmitri Peskov disse que a Rússia não estava envolvida na investigação do incidente e, portanto, não aceitou conclusões tendenciosas.
Anwar, que foi para a cidade russa de Kazan (sudoeste), disse hoje que a Malásia "ainda tem um firme compromisso de garantir a responsabilidade e soluções equitativas para as vítimas".
Por outro lado, o primeiro -ministro enfatizou a importância da cooperação com a Rússia, que ele o chamou de "um bom amigo da Malásia" em áreas como defesa, tecnologia de alimentos e energia nuclear.
Em 2022, um tribunal holandês condenou o papel de três homens nos vôos aéreos da Malásia, incluindo dois russos, e condenou a prisão perpétua, mas Moscou sempre se recusou a extraditar qualquer suspeito e negou qualquer envolvimento no incidente.
"Convidamos a Rússia a assumir a responsabilidade por atos tão horríveis de violência e corrigir seus atos flagrantes, conforme exigido pelo direito internacional", afirmou o governo australiano em comunicado após o anúncio do ICAN.
O ministro das Relações Exteriores holandês Caspar Veldkamp fez um acordo com a decisão da ONU e apontou que não pode "aliviar a dor e o sofrimento dos membros da família das vítimas", mas é "um passo importante em direção à verdade e à justiça".