Os guardas do estabelecimento prisional do Linho, em Cascais, realizaram no sábado o primeiro dia da greve para melhorar as condições de segurança, com 100% de participação dos guardas em todos os turnos, disse à agência Lusa o dirigente do sindicato que convoca o protesto.
Frederico Morais, presidente do Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais (SNCGP), disse que durante o terceiro turno os reclusos cumpriram integralmente as regras e cumpriram os regulamentos mínimos de serviço, permitindo aos reclusos duas horas de esplanada para visitas com familiares, mas estes sacos de alimentos e roupas não são permitidos no interior.
Conforme consta do aviso prévio, a greve iniciada hoje poderá prolongar-se até 28 de fevereiro caso as reivindicações do sindicato não sejam atendidas.
Sobre os serviços mínimos, Felipe Moraes disse que o sindicato “vai instaurar um processo-crime contra o diretor do Estabelecimento Prisional do Linhó” por tentar alterar o sistema estabelecido pela Academia de Arbitragem na noite de sexta-feira, inclusive ameaçando-os com medidas disciplinares. Guardas que desobedecem ordens.
Contactada pela Lusa sobre os números fornecidos pelos sindicatos, fonte da Direção-Geral de Reinstalação e Serviços Prisionais (DGRSP) respondeu que “não comentam a informação prestada pelos sindicatos sobre o grau de persistência da greve”.
O que o SNCGP afirmou ser a causa profunda da greve foi a “continuação da falta de condições de segurança no estabelecimento prisional do Linhó, evidenciada pelos ataques a membros da guarda prisional” e a “não resolução das questões elencadas no relatório anterior”. ." Reunião entre o SNCGP, a Direção-Geral de Reinstalação e Serviços Prisionais (DGRSP) e diretores prisionais”.
Segundo a Associação Portuguesa de Apoio aos Presos (APAR), a greve surge na sequência de outra greve que decorreu entre 6 de dezembro e 10 de janeiro de 2024, o que fez com que os reclusos ficassem trancados nas celas durante 23 horas por dia, impossibilitados de assistir às aulas ou de ir às aulas. trabalhar.
A APAR disse em comunicado que estava a preparar uma queixa formal ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
O presidente do SNCGP, Frederico Moraes, revelou à Lusa que está marcada para segunda-feira uma nova reunião na DGRSP para “tentar chegar a um consenso” e “cancelar a greve” para que a situação na prisão do Linhó regresse à “normalidade”.
No início de Janeiro, os líderes sindicais admitiram que a greve poderia continuar para além de 28 de Fevereiro se as condições prisionais não mudassem.