Trump revela plano para forçar Putin a acabar com a guerra. Que "gênio"

Mauri Ratilainen/EPA

Vladimir Putin e Donald Trump realizam cimeira bilateral em Helsínquia

Em suma, o novo presidente dos EUA pensa que convenceu o presidente russo devido às sanções económicas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu na quarta-feira que o governo dos EUA imporá altas tarifas e sanções a todas as importações da Rússia se Moscou não chegar imediatamente a um acordo com a Ucrânia.

“Agora é o momento de tentar chegar a um acordo”, escreveu Trump na sua plataforma de verdade social, garantindo que esta seria sempre a solução final.

"Não pretendo magoar a Rússia. Amo o povo russo e sempre tive uma relação muito boa com o presidente Putin", explicou o presidente norte-americano, aproveitando a oportunidade para se dirigir ao líder russo, Vladimir Putin, sobre a pressão do conflito na Ucrânia.

Trump ameaçou: “Se não chegarmos a um acordo em breve, não terei outra escolha senão impor impostos, tarifas e sanções elevados sobre tudo o que a Rússia vende aos Estados Unidos e a outros países participantes”.

Embora Trump não tenha especificado quais os países que podem estar sujeitos a sanções, a China, o Irão e a Coreia do Norte, que já estão sujeitos a restrições comerciais dos EUA, são os países que fornecem mais equipamento militar à Rússia ou prestam apoio diplomático em organizações internacionais.

O presidente dos EUA também apelou diretamente a Putin, dizendo que o fim da guerra beneficiaria a Rússia dada a sua atual situação económica.

A Nova República escreve que o plano de Donald Trump é “genial” – o que pode ser lido com ironia.

Durante quase três anos, a Rússia tem sido alvo de múltiplas sanções económicas de centenas de partes (países, empresas, organizações).

Mas Putin nunca acabou com a guerra. Na verdade, segundo o presidente, a economia russa está até grata por estas decisões, à medida que as empresas estatais melhoraram – embora os números oficiais sugiram o contrário.

“A Nova República” reforça a sensação de que Donald Trump nunca teve um plano concreto para acabar com a guerra na Ucrânia. Conforme anunciado, muito menos em 24 horas.

Lembre-se, o enviado especial de Trump para a Ucrânia e a Rússia, Keith Kellogg, baixou recentemente as expectativas numa entrevista à Fox News sobre 100 dias de conversações de paz.

E mais: há apenas quatro meses, também durante a campanha, Trump prometeu que não imporia novas sanções à Rússia se fosse eleito presidente.

É pouco provável que a Rússia responda da forma que Donald Trump deseja.

Apesar da ameaça de tarifas sobre a Rússia, o comércio entre os dois países foi severamente restringido desde o início da guerra na Ucrânia, em Fevereiro de 2022.

Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, os Estados Unidos impuseram uma série de sanções à Rússia, incluindo restrições ao sector petrolífero e aos principais bancos da Rússia, num esforço para isolar Moscovo do sistema financeiro internacional baseado no dólar.

De acordo com os últimos dados fornecidos pelas autoridades norte-americanas, estima-se que o comércio total de bens e serviços entre os Estados Unidos e a Rússia atinja os 20 mil milhões de dólares (aproximadamente 19 mil milhões de euros) em 2022.

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