Técnicos dos serviços prisionais entram em greve para fazer horas extraordinárias a partir de hoje

Miguel Gonçalves, presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos da Direção-Geral de Reinstalação e Serviços Prisionais (SinDGRSP), disse à Lusa que a greve continuará “até que seja marcada uma data específica para o início das negociações”, lembrando o Compromisso de Revisão do Acordo. A equipa do Ministério da Justiça, liderada por Rita Alarcão Júdice, reiterou o caso do primeiro semestre durante uma audição parlamentar esta semana.

Miguel Gonçalves defende a greve com base nos baixos salários, os técnicos ganham o salário mínimo nacional e há falta de profissionais, com mais de 200 pessoas em todas as profissões, mas na reinserção profissional dos técnicos a rede social fez-se sentir ainda mais fortemente durante a carreira do (TPRS), onde faltaram mais de 100 pessoas.

O presidente do sindicato que convocou a greve lembrou que dois concursos internos e externos para recrutar cerca de 100 técnicos em agosto receberam apenas 10 candidaturas, tendo a falta de talento profissional sido agravada pela greve. Os técnicos ficam insatisfeitos com as condições e desistem da carreira.

Apesar da falta de recursos, os técnicos dos serviços prisionais enfrentaram recentemente um aumento de responsabilidades ao monitorizarem vítimas de violência doméstica através de vigilância electrónica, algo que Miguel Gonçalves disse que o quadro actual não acomoda.

A greve das horas extraordinárias deverá durar cerca de cinco meses e terminar em 30 de junho, mas “durante a greve, desde que existam motivos justificáveis, será assegurada a ‘segurança e manutenção dos equipamentos e instalações’ no âmbito mínimo de serviço”, de acordo com o aviso.

O sindicato apela à revisão das profissões qualificadas no sector da reintegração e dos serviços prisionais e ao aumento dos salários, pagamento de encargos, pagamentos de risco e dificuldades e competição por promoções em profissões não revistas - Técnicos de Reintegração Profissional Social TPRS, Técnico Superior Técnico de Reentrada (TSRS ) e Técnico Superior de Reeducação (TSR) – Lançar concursos para coordenadores técnicos e reforçar recursos humanos em diversas áreas.

Em Outubro de 2024, o Sindicato dos Técnicos Reintegrados apresentou uma queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos sobre a falta de revisões ocupacionais legalmente exigidas desde 2008, alegando violações de direitos laborais e salariais.

Em causa está a lei que regulamenta a profissão dos trabalhadores em funções públicas de 2008, que regulamenta a profissão dos técnicos superiores de reinserção social, dos técnicos superiores de reinserção social e dos técnicos profissionais de reinserção social no prazo de 180 dias a contar da publicação da referida lei. nunca aconteceu.