Sindicatos do ensino superior querem que o governo corrija as desigualdades

um O próprio ministro da Educação, Ciência e Inovação levantou a possibilidade de desenvolver um regulamento único da profissão docente para professores do ensino superior em reunião com o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) e a Federação Nacional da Educação e dos Professores (FNE). Professor Fen).

O presidente do SNESup, em entrevista à Agência Lusa, acredita que este é um dos sinais positivos enviados por Fernando Alexander em resposta às reivindicações do sindicato.

“O governo quer resolver esta situação”, sublinhou José Moreira, explicando que as actuais regulamentações da profissão docente politécnica e da profissão docente universitária criam diferenças entre os professores dos dois subsistemas, sobretudo na vertente salarial.

José Luís Abrantes, Secretário-Geral Adjunto do FNE, concordou: “Isto trará mais igualdade sob o lema ‘Salário igual para trabalho igual’ e entre os dois subsistemas, é isso que o FNE representa.”

A partir da primeira reunião com o Conselho Fiscal dedicada ao tema geral do ensino superior e da ciência, o sindicato também tem expectativas positivas para o desenvolvimento da carreira através da acumulação de pontos.

“Há problemas crescentes na indústria, mas acolhemos com satisfação quaisquer passos na direcção certa”, disse José Moreira. Ele observou que o SNESup não encontrou “portas fechadas”, mesmo quando se tratava de solicitações com as quais o ministério não se comprometeu.

Temas como a revisão dos níveis salariais e os aumentos salariais estão em risco e Tiago Dias, da Fenprof, lamenta que não sejam considerados uma prioridade para o governo.

“Somos um dos mais afetados na profissão da administração pública, perdemos cerca de 30% do nosso poder de compra e é muito importante valorizar a profissão de professores e investigadores mas não estamos a ver vagas deste tipo, pelo menos este ano, ", disse o coordenador. Ministério do Ensino Superior e Pesquisa.

Sobre o desbloqueio dos progressos não obrigatórios, Thiago Díaz disse que o ministério está “a analisar como avançar” e que se espera uma decisão em breve, mas alertou que é necessário garantir que as instituições tenham condições financeiras para salvaguardar estes desenvolvimentos.

“Gostaria de acreditar que esse processo pode começar pelo menos este ano. Mas não se pode esperar que professores e pesquisadores continuem por vários anos antes do final desse processo, sem aumento de salário e diminuição de poder aquisitivo”, ele enfatizou.

O dirigente sindical defendeu ainda a necessidade de responder à situação dos investigadores empregados no regime de emprego de doutoramento, que visa estimular o emprego na área tecnológica cujos contratos expiram este ano.

A actual prioridade do governo é rever o sistema jurídico das instituições de ensino superior.

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