Reunião de tutelados termina à “distância”, nova reunião a realizar em fevereiro – Última Hora

O Ministério da Justiça (MJ) não respondeu hoje a uma contraproposta conjunta apresentada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais e pelo Sindicato da Polícia Judiciária e, após análise das propostas, foi marcada uma nova reunião para 5 de fevereiro, segundo fontes sindicais .

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A Federação dos Funcionários Judiciais (SFJ) e o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) apresentaram uma contraproposta conjunta ao Ministério da Justiça, publicada na passada terça-feira, apelando à revisão da regulamentação para que a profissão dos funcionários judiciais passe a ser multiclasse e dividido em dois níveis diferentes de complexidade. Os dois sindicatos realizaram hoje uma reunião no Ministério, onde a Secretária de Estado e Vice-Ministra da Justiça, Maria Clara Figueiredo, iniciaram negociações, que, segundo o presidente do SFJ, António Marçal, não se chegou a qualquer conclusão, uma vez que a autoridade de controlo não tomou uma decisão. Não analisou nem respondeu à proposta conjunta, alegando que assim era porque não negociou com sindicatos que mantivessem formas eficazes de luta.

Antonio Marzal disse à agência Lusa que os sindicatos informaram o regulador que não iriam suspender as formas programadas de luta sem que o Ministério da Justiça analisasse e apresentasse contrapropostas para resolver questões ocupacionais.

O presidente do SFJ disse à agência Lusa que o sindicato disse ao secretário de Estado que para ponderarem o formato de apresentação da agenda de luta os mentores devem apresentar propostas que incluam algumas das medidas recomendadas pelo sindicato.

Como resultado, os líderes sindicais afirmaram que o secretário de Estado se comprometeu a discutir as contrapropostas dos dois sindicatos no seio do governo e uma nova sessão de negociação foi marcada para 5 de fevereiro.

“Não entendemos este período de espera de quem, como nós, luta há muito tempo”, disse Antonio Marsal. Acrescentou que as propostas do sindicato seguiram linhas aprovadas pelo governo para outros departamentos e “as propostas são inferiores ao que se perderia se o poder judicial não funcionasse”.

Os sindicatos dos oficiais de justiça apresentaram uma contraproposta conjunta ao governo para a criação de uma profissão multicategorias dividida em dois níveis de complexidade funcional, com um salário inicial de 1.232 euros para os não licenciados.

Nos documentos sindicais publicados na passada terça-feira lê-se: “Como contraproposta propomos para o futuro a existência de duas profissões com níveis de complexidade Nível II e Nível III, cada uma com regras de entrada e tabelas salariais diferentes”.

O sindicato propõe que para o nível funcional de complexidade II, correspondente a assistente técnico no quadro da administração pública, possam concorrer candidatos com 12 anos de escolaridade ou candidatos com cursos de especialização na área judiciária após aprovação em concurso específico.

Para o Nível de Complexidade Funcional III, os bacharéis em Direito podem se inscrever e participar de concursos e realizar provas.

O vencimento inicial é de 1.232,04€ para a complexidade II e de 1.547,83€ para a complexidade III, sendo também pago um subsídio disponível de 245,77€ a todos os funcionários judiciais.

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