Relatório da Ordem dos Médicos sobre a Polémica Amadora-Cintra

um Num relatório divulgado quarta-feira, a Ordem dos Médicos concluiu que o Hospital Fernando Fonseca não conseguiu garantir a formação de 10 médicos internos especialmente formados.

Segundo o presidente da Direção-Geral da Saúde da Amadora-Sintra, a posição decorre de uma inspeção ao hospital em novembro, altura em que saíram 10 cirurgiões devido ao regresso de outros dois médicos que reportaram mau comportamento e ainda não foram substituídos. .

Contudo, Luis Miguel Gouvia esclareceu na conferência de imprensa que a situação do hospital mudou desde então, garantindo por um lado a capacidade de resposta aos utentes e por outro a formação dos médicos internos.

“No dia 10 de janeiro, a diretora clínica Bárbara Flor de Lima enviou ao presidente da sociedade médica a informação sobre a atribuição de mentores de cada interno para garantir todo o apoio formativo necessário”, disse.

A decisão, anunciada pela ordem médica em conferência de imprensa na quarta-feira e comunicada ao hospital duas horas antes, não foi finalizada, segundo o presidente da ULS.

“A situação atual do serviço é diferente da situação apurada no dia 18 de novembro. Ao mesmo tempo, contratámos mais especialistas, o processo de reestruturação do serviço está em curso e atualizaremos o conteúdo da análise de novembro de acordo com a situação, ", explicou que a associação médica não solicitou quaisquer esclarecimentos adicionais desde a visita há dois meses.

Fernando Pereira da Comissão de Pós-Graduação da Ordem dos Médicos disse que a saída dos internos tem sido uma vontade deles e que tem havido pedidos de transferência para outros hospitais, informação esta confirmada pelo diretor clínico.

“Desde o momento em que foi iniciado o processo de avaliação de idoneidade, estávamos à espera da decisão da Ordem dos Médicos”, disse Bárbara Flor de Lima a propósito do pedido de transferência.

Respondendo às preocupações levantadas pelas associações médicas sobre a capacidade do hospital fazer face à saída de 10 médicos em outubro, Amadora Sintra, presidente da ULS, considera que “este alarme social não faz qualquer sentido”.

Disse: “Temos estado a recrutar profissionais médicos de forma muito activa. Actualmente, o serviço conta com 11 especialistas, nove dos quais com contrato individual de trabalho e dois que trabalham na prestação de serviços, que trabalham activamente na assistência”.

Além disso, 12 médicos trabalham nos serviços de emergência, sendo oito deles especialistas em cirurgia geral.

Este reforço permite ao Serviço de Cirurgia Geral realizar 740 cirurgias no último trimestre de 2024, incluindo 320 cirurgias de urgência.

“Este é um serviço que continua a responder de forma proativa às necessidades da população”, afirmou Luís Miguel Gouveia, garantindo que os serviços de oncologia também cumprem os tempos máximos de espera.

Questionada sobre o impacto da eventual saída dos médicos residentes na capacidade de resposta dos serviços de urgência, Bárbara Flor de Lima disse que o serviço não depende apenas dos médicos residentes e sublinhou que serão feitos todos os esforços “para garantir que os serviços de Urgência respondam”. e cirurgia de emergência.

LEIA TAMBÉM: Associação de médicos diz que dez reclusos da Amadora-Cintra “vão sair”