A proposta de Lei do Idoso do Governo foi aprovada esta sexta-feira no parlamento, com o voto contra do PCP e a abstenção do Bloco de Esquerda (BE), mas não sem críticas. A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Rosário Palma Ramalho, respondeu alertando que uma mera lista de direitos não era suficiente e apelando mesmo a avanços em medidas concretas e garantiu: “Não há dúvida de que será regulamentado”.
Como o próprio governador admite, muito do que define os direitos dos idosos no estatuto já existe, mas apenas não foi compilado num único documento, e procura agora conceder "dignidade especial" nos casos em que o estatuto aprova "para para defender esses direitos, enfatizou.
No entanto, numa altura em que Portugal tem mais de 188 idosos por cada 100 jovens, segundo números de 2023 do Instituto Nacional de Estatística, o documento prevê também algumas alterações em vários domínios, tanto ao nível da construção de novos tipos de habitação, como Bem como, como já foi anunciado, os apoios estão a ser desenhados em parceria com o Ministério da Saúde, seja na expansão dos serviços de atendimento remoto, seja na introdução do “acesso facilitado ao arrendamento” para os idosos. “Algumas destas matérias carecem de regulamentação, por isso estamos aqui à espera da sua aprovação”, alertou Rosário Palma Ramalho.
Esta preocupação foi seguida pela maioria dos representantes, viabilizando o documento, que deverá agora ser discutido mais detalhadamente nas respetivas comissões e uniformizar ainda mais as medidas prescritas por esta comissão e permitir a sua efetiva implementação.
Todos os grupos parlamentares concordaram com a necessidade de respeitar os idosos e garantir-lhes uma vida melhor e, sem exceção, apresentaram projetos de lei ou resoluções relacionadas com o tema. Neste sentido, o Ministro acredita que existe um consenso em reconhecer os problemas nesta área, mas não há consenso sobre como resolver os problemas.
Esta expressão pode levar o deputado do BE José Soeiro a ironizar que mesmo em termos de abordagem deveria haver alguns aspectos de consenso, como ouvir as opiniões das associações representativas dos idosos antes de propor regulamentos. Ela insistiu que algo não foi feito (denúncia que já havia feito durante reunião com o ministro esta semana), mas voltou a negar e disse ainda que foi uma das associações que insinuou o nome do documento.
A deputada socialista Ana Sofia Antunes, que propôs o projeto de lei do PS sobre sistemas que apoiam a autonomia, a saúde e a segurança dos idosos, acusou também o Governo de não ouvir os representantes dos idosos, dizendo que isso não aconteceu porque existe “um conjunto de direitos num documento "especial" que dá aplicação prática aos direitos já previstos. O que precisamos, sublinhou, é de medidas concretas como as propostas pelo Partido Socialista. No entanto, o documento acabou por ser rejeitado, tendo PSD, CDS e Chega votado contra.
O projecto de lei do PCP também teve o mesmo destino (mesmo voto negativo), enquanto outros documentos serão aprovados.
A institucionalização como “último recurso”
Relativamente ao Rifle, Tavares lembrou que o partido propôs a Carta dos Direitos dos Idosos na última sessão legislativa e esta foi elogiada e aprovada pelo Partido Social Democrata, pelo que não compreendeu porque é que o partido a voltou a propor no ano passado. rejeitado. este órgão legislativo. “As coisas mudaram”, disse o deputado, sublinhando que o Partido Social Democrata “votou contra aquilo que votou na anterior legislatura”, mas depois propôs algo muito semelhante. “Rouba uma moção que já votei, mas a devolve com muito menos poder do que eu tinha antes”, criticou.
Nas propostas agora apresentadas ao parlamento, Lever defendeu a necessidade de avançar com uma iniciativa que permita acumular e incluir benefícios sociais nas pensões sociais, e trabalhar no sentido da adoção de uma convenção internacional sobre benefícios sociais. Direitos dos idosos.
Na sessão plenária desta manhã foi também aprovado pelo CDS-PP o projeto de resolução do PAN para aprovar a Estratégia Europeia para os Idosos para que o BE desenvolva uma estratégia nacional sobre o envelhecimento ativo para desenvolver um plano de desinstitucionalização dos idosos. Idosos e Chega por condições de vida física e emocional mais dignas.
Antes da votação, Clara Marquez Méndez, Secretária de Estado da Acção Social e Inclusão, concluiu o debate sobre o tema apelando a esforços conjuntos para alcançar progressos nestas questões. “Devemos trabalhar em conjunto para dar aos idosos a opção de permanecerem nas suas casas o tempo que quiserem, sendo a institucionalização como último recurso”, frisou.