PSD acolhe eleições antecipadas de 23 de março na Madeira - Política

Na sexta-feira, o PSD Madeira manifestou o seu acordo em realizar antecipadamente as eleições regionais, no dia 23 de março, acreditando que tal está em linha com o objetivo de realizá-las no “menor tempo possível”.

“O PSD Madeira saúda a decisão desta tarde do Conselho de Ministros de realizar as eleições regionais no dia 23 de março do próximo ano, pois isso está em linha com a urgência de implementar este projeto de lei eleitoral na região, garantindo assim o melhor resultado possível para a Madeira e todos Madeira Interesses humanos, no menor tempo possível”, lê-se num comunicado da estrutura social-democrata da ilha.

O documento sublinha que a votação “permite, tal como esperava o Partido Social Democrata da Madeira, a implementação da nova lei eleitoral aprovada por unanimidade na assembleia legislativa regional”.

Acrescentou que esta proposta “tem sido defendida pelo partido desde o início e abrange assim dois aspectos fundamentais e mais importantes, nomeadamente no que diz respeito à mobilidade e à igualdade de voto antecipado”.

O PSD Madeira, que governa a Madeira há 48 anos, também “reafirma a sua confiança na vitória alcançada em 23 de março e no projeto de governação em curso baseado na manutenção da estabilidade, do progresso e do desenvolvimento da região”.

A Assembleia Legislativa da Madeira adotou em 17 de dezembro uma moção de censura apresentada pelo partido minoritário Chega ao PSD, tendo votado a favor todos os partidos da oposição – PS, JPP, Chega, IL e PAN – que, no seu conjunto, representam mais de metade dos parlamentares. Governo Regional, liderado por Miguel Albuquerque.

PSD e CDS-PP, com um total de 21 deputados, votaram contra. Os dois partidos que apoiam o governo regional chegaram a um acordo parlamentar, mas não garantem uma maioria absoluta de 24 deputados dos 47 do semicírculo.

De acordo com o Código Político e Administrativo da Madeira, foi aprovada a moção de censura, o que é inédito na região autónoma, o que significa que o governo regional autónomo formado em 6 de junho será dissolvido e continuará em funções até à tomada de posse do novo administrador.

O atual administrador tomou posse após eleições regionais antecipadas, em 26 de maio, que decorreram devido ao colapso do anterior governo e à nomeação de Miguel Albuquerque como arguido num alegado caso de corrupção no arquipélago.

A Assembleia Legislativa Regional da Madeira é composta por 47 deputados, 19 do PSD, 11 do PS, 9 do JPP, 4 do Chega, 2 do CDS-PP, enquanto a IL e o PAN têm um representante cada.

O Chega apresentou uma moção de censura em 6 de novembro e justificou-a através de um inquérito judicial que envolveu Miguel Albuquerque e quatro secretários regionais, todos acusados.

No dia 23 de março, os madeirenses vão votar na XV Assembleia Legislativa Regional da Madeira.