Esta é uma das propostas de alterações acessíveis às instituições Lusa, que os socialistas vão propor no âmbito de uma avaliação parlamentar para alterar o Decreto sobre o Instrumento de Administração Territorial (RJIGT) e apresentá-lo. BE, PCP, Livre e Pan, serão debatidos no Parlamento na sexta-feira.
O socialista propõe retirar o conceito de preços médios previsto na lei, “e manter o atual conceito de habitação com custos controlados e rendas acessíveis, bem como outras alterações relativas aos projetos envolvidos”.
O PS quer também «substituir o critério de continuidade territorial», indo ao encontro de preocupações manifestadas por diversas entidades, nomeadamente a Associação Nacional de Municípios (ANMP).
Durante a audição da comissão na Comissão do Poder Local, Coesão Territorial e Económica, a ANMP Ribau Esteves, Vice-Presidente de Obras Públicas e Habitação, decidiu que o edifício deveria ser construído em solo intocado de reservas agrícolas e ecológicas na proximidade urbana, em O esclarecimento urbano e ecológico ou as taxas municipais caem na reserva.
Num pedido de apreciação parlamentar, os 14 deputados do BE, PCP, Livre e Pan defenderam que o conceito de valores médios estipulado no Diploma levaria a um aumento generalizado do preço das casas, exceto em Lisboa e Cascas, como bem como no próprio solo texturizado. Pode ser reclassificado.
O decreto, publicado em 30 de dezembro do ano passado, permite a reclassificação simplificada de terrenos urbano-rurais mediante apreciação pelos órgãos municipais, mas apenas se for destinado à habitação.
Esta sexta-feira, os deputados vão discutir e votar o ponto de resolução proposto por BE, PCP e PAN, que pede a suspensão do decreto e que o mesmo não seja aprovado.
As propostas de alterações apresentadas poderão ser submetidas ao final do próprio debate, e o processo será automaticamente discutido e votado profissionalmente, 'a menos que a Assembleia Geral considere a análise do plenário'.
A controversa lei suscitou críticas de vários especialistas e ambientalistas, com muitos apelos para que fosse retirada.
Os ministros da Coesão Territorial e da Habitação, Manuel Castro Almeida e Miguel Pinto Luz, manifestaram-se abertos à melhoria do decreto, insistindo que o governo tem como principal objetivo aumentar a oferta de habitação acessível.
O governo defendeu no decreto que a maior disponibilidade de terrenos “contribuirá para a criação de soluções habitacionais que cumpram critérios de custos controlados e sejam vendidas a preços acessíveis, promovendo assim uma maior equidade social e permitindo às famílias portuguesas obter habitação com dignidade”.
Um sistema especial de reclassificação garante que pelo menos 700/1.000 da área total acima do nível do solo seja destinada a habitação pública ou habitação de valor médio.
O executivo explicou que não seria para “conter custos”, mas sim para casas de classe média, “pensando no valor médio nos mercados locais e nacionais e definindo valor máximo para garantir maior equidade”.
O diploma foi promulgado pelo Presidente da República em dezembro passado, mas Marcelo Rebelo de Sousa manifestou de imediato as suas reservas, alertando para uma “enorme torção” no sistema de ordenamento e ordenamento do território”.