oxigênio O deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro criticou o Governo por ter substituído o antigo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) Fernando Araújo por António Gandra d'Almeida, que se demitiu na sexta-feira no meio de polémica sobre a acumulação de incompatibilidades funcionais. Ele arrecadou mais de 200.000 euros.
Para os socialistas, Fernando Araújo “Um dos administradores públicos mais capacitados do país”, Gandra Dalmeida revelou que é “politicamente submissa”.
Tiago Barbosa Ribeiro escreveu no X (antigo Twitter): “Ele acumulou polêmica durante sua gestão e não fez absolutamente nada a respeito. Hoje ele caiu, mas a responsabilidade vai além dele”.
Refira-se que o pedido de Gandra d’Almeida para se demitir imediatamente do cargo de CEO do SNS foi aceite pelo ministro da Saúde, depois de o SIC ter informado que acumulava funções de administrador há mais de dois anos. Membros do INEM do Norte, sediado no Porto, e médicos das urgências de Faro e Portimão salientaram que isto é incompatível por lei.
António Gandra d’Almeida, diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, acumulou funções incompatíveis ao longo de mais de dois anos, rendendo-lhe mais de 200 mil euros. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, aceitou a demissão minutos depois de ela mesma tê-la oferecido.
Kátia Carmo | 08h09 - 18/01/2025
Segundo o canal, esta acumulação é incompatível perante a lei, mas António Gandra D’Almeida conseguiu que o INEM lhe concedesse autorização e garantisse que não receberia salário. No entanto, através de uma empresa que fundou com a mulher, onde exerce a função de gestor, receberá “mais de 200 mil euros em remuneração por turno”.
Em 22 de maio de 2024, o Ministério da Saúde anunciou a escolha do médico militar António Gandra D´Almeida para suceder a Fernando Araújo como Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS). No mês seguinte, o Conselho de Ministros aprovou a nomeação para o posição.
Foi escolhido pelo governo após a demissão de Fernando Araújo no final de abril de 2024, depois de liderar a Direção Executiva do SNS durante cerca de 15 meses, alegando que não queria tornar-se um obstáculo às políticas e políticas governamentais. Ele acreditava que medidas eram necessárias.
Depois de anunciar a aceitação da demissão de Gandra Dalmeida, o Ministério da Saúde disse ainda que o novo diretor executivo do SNS “será anunciado nos próximos dias”.
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