PS acha que a ministra da Saúde deve saber da incompatibilidade de Gandra Dalmeida

Na terça-feira, os socialistas pediram ao ministro da Saúde a convocação de uma audição parlamentar de emergência Argumenta-se que Ana Paula Martins devia saber da conduta incompatível do ex-diretor executivo do SNS António Gandra D’Almeida, que violou a lei.

Esta posição foi comunicada aos jornalistas por João Paulo Correia, Vice-Presidente da Assembleia Socialista, em quem também afirmou A escolha do ex-deputado social-democrata Álvaro Almeida para substituir Gandra Dalmeida foi listada como um “sinal partidário” Exerceu o cargo de Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Falando perante os jornalistas, João Paulo Correa disse que os socialistas pediram ao ministro da Saúde e à Comissão de Recrutamento e Seleção da Administração Pública (CReSAP) a realização de uma audição parlamentar urgente sobre a forma como António Gandra dalmeida foi nomeado diretor executivo da reunião do SNS.

“Com carácter de urgência, exigirá também que o ministro da Saúde envie um pedido de avaliação curricular ao CReSAP”, acrescentou.. Segundo o parecer do CReSAP, “representado” pela Bancada Socialista, até 2022 Gandra D’Almeida exerceu funções de médico no Hospital de Gaia Espinho “onde, tanto quanto sabemos, exerceu concomitantemente o cargo de Diretor do INEM (Instituto Nacional de Emergência). Médicos) Norte".

“O CReSAP não pode avaliar cursos anteriores na perspetiva incompatível de Gandra D’Almeida. O Ministro precisa de verificar que, durante o seu mandato como Diretor do INEM Norte, também trabalhou no Hospital de Gaia Espinho. ela atua são baseadas em As leis são incompatíveis”, aponta João Paulo Correa.

Portanto, segundo João Paulo Correa, isso foi uma violação da lei. “A ministra não pode afirmar que desconhecia que Gandra Dalmeida desempenhava funções incompatíveis ou que violava a lei. Não só a descrição do curso enviada ao CReSAP o dizia, como o CReSAP voltou a enviá-la ao ministro quando emitiu o parecer – e o parecer voltou a conter a descrição do curso”, acrescentou.

Para Anna Paula Martins, líder do grupo parlamentar socialista, “o seu comportamento voltou a ser conduzido sem um mínimo de escrutínio e sem reflexão, o que constitui um padrão”.

“Estamos a falar de um modelo de convites para cargos de grande responsabilidade e é por isso que o PS entende que o ministro da Saúde deve dar uma explicação ao Parlamento e ao país com carácter de urgência.. Infelizmente, durante estes dez meses no poder, o ministro esteve envolvido em muitos incidentes na área da saúde”, insistiu.

Questionado sobre se os socialistas iriam pedir a Ana Paula Martins a demissão do cargo de ministra da Saúde, o antigo secretário de Estado socialista respondeu:

"A sua capacidade de continuar a liderar o Ministério da Saúde tem diminuído cada vez mais. Mas obviamente reservamos a nossa posição final depois de ouvir o ministro da Saúde”, declarou. Anteriormente foi referido que no decurso da colaboração com Gandra D’Almeida ainda existem algumas informações por apurar, nomeadamente no que diz respeito às suas atividades como médico em exercício em Portimão e Faro durante o seu mandato como Diretor do INEM Norte.

"Ainda não se sabe se ele próprio ocultou esta informação ao CReSAP. Acrescentou que há uma série de informações que precisam ser confirmadas para que possamos exigir maior responsabilização política.