A estratégia do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) para concluir o inquérito mais antigo foi explicada esta segunda-feira pela Procuradoria-Geral da República. Não deve envolver o envolvimento de mais pessoas no processo.
Durante uma visita ao DCIAP, em Lisboa, Amadeu Guerra falou sobre os objetivos estratégicos para os próximos três anos (documento divulgado na semana passada) e quais os caminhos a seguir para “priorizar o encerramento das investigações mais antigas”. O Procurador-Geral da República explicou que acelerar o processo “não significa necessariamente acrescentar mais pessoal”.
E acrescentou: “Isso inclui tentar tornar o OPC (Gabinete de Polícia Criminal) mais rápido para que os exames forenses demorem menos e nos tornem mais pragmáticos no processo”.
Além de visitar as diversas salas do departamento responsável pela investigação dos mais complexos processos de corrupção e crimes económico-financeiros, Amadeu Guerra reuniu-se também com o magistrado, Como aconteceu quando visitou diferentes partes do país.
“Queremos ter um mandato próximo dos magistrados, queremos dizer-lhes quais são os nossos objetivos e incentivá-los a avaliar o caso o mais rapidamente possível, utilizando uma linguagem simples e despachos mais curtos no caso”, explicou.
Amadeu Guerra, que anteriormente desempenhou funções como diretor do DCIAP, também aproveitou para criticar mais uma vez a falta de funcionários judiciais, Ele disse que este é “um dos maiores problemas” atualmente e um dos motivos dos atrasos no processo.
Além dos objetivos específicos do DCIAP, Amadeu Guerra disse que, juntamente com o diretor do departamento, Rui Cardoso, tem reunido com os magistrados responsáveis pelos processos mais relacionados com a comunicação social, como as operações de influenciadores.
“Continuaremos a realizar reuniões sobre todos os processos”, explicou Amadeu Guerra, acrescentando que uma das reuniões terá lugar esta semana. O objetivo é fazer um balanço do status de cada processo e quais limitações existem para que possam ser abordadas.
No domingo, Amadeu Guerra completou 100 dias como procurador-geral da República.
Além de visitar o DCIAP, visitou seis regiões – a primeira paragem foi Aveiro, seguida de Setúbal, Leiria, Lisboa Norte, Portalegre e Castel Branco.