Pelo menos um português e dois reféns com ligações a Portugal vão ser libertados do Médio Oriente

Pelo menos um cidadão português e dois cidadãos com ou possivelmente ligações a Portugal que se encontram reféns em Gaza desde outubro de 2023 poderão ser libertados este domingo, disse à agência Lusa fonte governamental.

A mesma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) afirmou: “Até ao momento, com base na informação disponível, confirmámos que na lista de reféns constam um cidadão de nacionalidade portuguesa e duas pessoas que têm ou poderão ter ligações a Portugal. "

O executivo enfatizou que a informação “pode ser corrigida”.

A mídia israelense publicou na sexta-feira uma lista não oficial de 33 reféns do Hamas que devem ser libertados durante o cessar-fogo de 42 dias, com base em contatos estabelecidos entre as autoridades de Tel Aviv e as famílias dos reféns. As identidades dos que serão liberados só serão comunicadas oficialmente 24 horas antes de cada entrega, sendo desconhecida a ordem de liberação. Também era impossível saber antecipadamente se os reféns estavam vivos ou mortos.

A lista inclui um português: Ofer Calderon, 54 anos. A família do israelita, que tinha pedido a cidadania ao abrigo da lei sefardita em 2021, foi raptada em 7 de outubro de 2023, juntamente com os seus filhos menores Sahar e Erez, apelou ao governo português para processar “com extrema urgência” este pedido.

Ofer Calderón é cidadão português desde Outubro do mesmo ano, altura em que foi trazido para Gaza por agentes do Hamas. Emmanuel Macron, que também tem nacionalidade francesa, disse ter sido mencionado numa publicação no “X” em que saudou a libertação dos seus “compatriotas” em França.

Na altura, o grupo islâmico libertou vários reféns com dupla cidadania, o que levou vários países a iniciar negociações para tentar garantir o regresso dos seus cidadãos. Algumas famílias exigem que os reféns obtenham a cidadania portuguesa ou que as autoridades agilizem os processos já em curso.

Reféns no sul de Israel que foram levados para a Faixa de Gaza num ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, foram libertados a partir de domingo, como parte de um acordo de cessar-fogo alcançado esta semana entre Israel e o movimento islâmico palestino.

Durante a guerra de 16 meses de Israel em Gaza, O Hamas matou 1.200 pessoas e sequestrou 240, Segundo a Autoridade de Saúde Palestina, 47 mil pessoas morreram, incluindo mais de 17 mil crianças.