No sábado, o secretário-geral do PS acusou o primeiro-ministro de mentir, dizendo que o Orçamento do Estado para 2025 “é o primeiro orçamento sem aumento de impostos” e alertando que os preços dos combustíveis terão “um dos maiores aumentos dos últimos anos”.
“O primeiro-ministro disse que este Orçamento Nacional (OE) foi o primeiro orçamento da história que não teve aumento de impostos. Só que no dia 1 de janeiro ninguém notou isso na segunda-feira, quando vierem certificar. É que no dia 1 de janeiro, seis dias não foram suficientes para que o decreto de aumento dos impostos sobre os produtos petrolíferos se transformasse numa das mentiras que marcam este governo e o atual primeiro-ministro”, afirmou Pedro Nuno. Santos está localizada em Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo.
“Quando tributamos o combustível, cobramos receitas daqueles que trabalham”, disse o líder socialista num jantar da equipa Kings e na apresentação dos candidatos a autarcas distritais.
“Precisamos acreditar naqueles que nos governam. Precisamos que o que eles dizem se torne realidade”, frisou.
De acordo com as previsões do Automóvel Clube de Portugal (ACP), o preço do gasóleo subirá cerca de 5,5 cêntimos por litro a partir de segunda-feira, enquanto o preço da gasolina aumentará 3 cêntimos.
No seu discurso, Pedro Nuno Santos criticou também as medidas do Governo no setor da habitação, cujas consequências seriam o “aumento dos preços da habitação”.
“As respostas dadas pelo governo estão erradas. Estão a provocar a subida dos preços”, disse ele.
Para os líderes socialistas, a habitação só pode ser fornecida à maioria da população se “o Estado assumir a responsabilidade pela construção”.
“Precisamos de construção massiva”, sublinhou, lembrando que Portugal tem “apenas 2% do seu parque habitacional público”.
Pedro Nuno Santos afirmou que “todas as crianças portuguesas, da classe média e da classe média precisam de uma política habitacional massiva”.
"Já não vamos lá com a mesma receita de sempre. Vamos lá com ambição. Temos que dizer aos portugueses e mostrar-lhes que estamos do lado do povo e que sabemos quais são os seus problemas", disse.