Parlamento da Madeira espera que alterações na lei eleitoral se apliquem às eleições regionais previstas

A Comissão Provisória para a Consolidação e Aprofundamento da Autonomia da Assembleia da Madeira afirmou quarta-feira que deverão ser implementadas alterações à lei eleitoral da região autónoma nas próximas eleições regionais antecipadas.

“Esta é uma mudança profunda na lei para acomodar dois aspectos importantes, a mobilidade e a igualdade do voto antecipado, que será eficaz em eleições futuras, e esperamos que nas próximas eleições isso seja possível”, disse o presidente citado no comunicado. disse o presidente da comissão final, o social-democrata Jaime Felipe Ramos.

A nota da Assembleia Regional surge depois de a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República ter aprovado hoje, entre outras, alterações à lei eleitoral da Madeira, que incluem a introdução da igualdade, do voto antecipado móvel e de um sistema Braille. matriz nas listas eleitorais.

O projeto de lei, uma iniciativa da Assembleia Legislativa da Madeira baseada num documento conjunto do PSD e PS, foi aprovado na sexta-feira por unanimidade.

Jaime Felipe Ramos manifestou “grande satisfação” pelo “sucesso na concretização de um dos principais objectivos que foi a alteração do código eleitoral”, mas sublinhou que “há outros objectivos que não puderam ser alcançados (…)” Terminou por falta de tempo, como mudança de enfermarias municipais e criação de enfermarias de imigração. "

Jaime Filipe Ramos disse que o objectivo de todos os envolvidos é que as alterações possam entrar em vigor no próximo projecto de lei eleitoral, após a votação final global, uma vez que a crise política que a Madeira atravessa pode levar a apelos à realização de eleições antecipadas. eleição.

A aprovação da proposta abre caminho para que a Madeira deixe de ser a única região do país onde as listas eleitorais não têm de aderir ao princípio de pelo menos um terço da população de um género.

Além disso, a participação eleitoral será ampliada, permitindo que pessoas com mobilidade reduzida e deficiência visual votem antecipadamente e fornecendo uma matriz em Braille.

Em 17 de dezembro de 2024, foi derrubado o governo regional minoritário do PSD e aprovada a moção de censura apresentada pelo Chega, que foi justificada por uma investigação judicial que envolveu Miguel Albuquerque e quatro secretários regionais, todos acusados.

A aprovação da moção de censura é inédita na Região Autónoma da Madeira e, de acordo com os respetivos regulamentos políticos e administrativos, significa a dissolução do governo regional autónomo formado em 6 de junho, que continuará em funções até à tomada de posse do novo chefe do executivo.

No dia 7 de janeiro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ouviu os sete partidos políticos da Assembleia Regional – PSD, PS, JPP, CH, CDS-PP, IL e PAN – e no dia 7 de janeiro realizou-se uma reunião do Conselho de Estado no dia 17 para analisar a crise política na Madeira e decidir sobre possíveis modalidades de eleições antecipadas.