Parlamento aprova lei dos idosos

Hoje, foi aprovada no Parlamento a Lei do Idoso, com voto contra do Partido Comunista e abstenção do Bloco de Esquerda, tendo sido aprovadas outras propostas no mesmo contexto.

A proposta de lei do governo foi aprovada em Conselho de Ministros em outubro de 2024 e recebeu o voto afirmativo do representante único do Partido Socialista, Partido Social Democrata, Partido Social Democrata, Chega, Partido da Iniciativa Liberal, Partido Liberal e Partido da Ação Nacional.

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que apresentou o documento no Parlamento, disse que o objectivo é reunir num só instrumento jurídico um conjunto de direitos já em vigor, ao mesmo tempo que se desenvolvem políticas públicas que promovam o envelhecimento activo, que é valorizado ao redor do mundo.

A deputada do Partido Socialista Ana Sofia Antunes propôs o projeto de lei do seu partido que estabelece um sistema de apoio à autonomia, saúde e segurança dos idosos, mas terminou com o voto contra dos sociais-democratas, sociais-democratas e Chega e foi rejeitado, dizendo que o projeto incluía medidas específicas para realmente melhorar a vida dos idosos.

Considera que os mais velhos têm agora estes direitos não porque “uma série de direitos estão incluídos no documento ‘provisório’”, mas porque “as pessoas já têm esses direitos” e o que precisam é de medidas concretas, como as propostas pelo PS .

O deputado do Livre Rui Tavares acusou o Governo de roubar uma iniciativa de 2023, quando o partido propôs uma Carta dos Direitos dos Idosos, que o PSD votou na altura, e de “devolvê-la com muito menos direitos do que antes”.

Por outro lado, o deputado do Bloco de Esquerda José Soero criticou o governo por não ouvir as associações representativas dos idosos antes de finalizar o documento.

Em resposta, o ministro elogiou o consenso alcançado sobre o tema e a sua importância, mas sublinhou que existem divergências de opinião sobre a abordagem a adoptar para resolver a questão.

Respondendo ao deputado Rui Tavares, respondeu que a Carta dos Direitos do Idoso “não tem consequências” e que o Governo está a tentar “fazer coisas que ainda não foram feitas” e aproveitou para se dirigir à deputada socialista Ana Sofia Antunes disse que o os direitos das pessoas idosas existem, mas não de uma forma abrangente.

O deputado José Soero afirmou que as opiniões destas associações foram ouvidas em diversas ocasiões e que o título do documento foi sugerido por uma delas.

Acrescentou que os documentos do Governo continham a maior parte das recomendações do partido Chega sobre o tema e que o executivo tomaria “medidas mais rápidas do que antes”.

Além das leis propostas pelo governo, foram também aprovados projetos de resolução do Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), incluindo a aprovação da Estratégia Europeia para o Idoso, o projeto de resolução do CDS-PP sobre o desenvolvimento da uma estratégia nacional para o envelhecimento ativo, o BE em nome dos idosos para o programa de Institucionalização, o Livre defende a adoção de uma convenção internacional sobre os direitos das pessoas idosas e o Chega defende condições de vida física e emocional mais dignas.

Todos estes projetos de lei serão agora discutidos nas respetivas comissões parlamentares.