"NFoi anunciado há poucos dias que um cessar-fogo em Gaza entraria em vigor hoje. Expresso minha gratidão a todos os mediadores. É um bom trabalho de mediação para que a paz seja alcançada, graças aos mediadores”, disse o Papa depois de rezar o Angelus da janela do Palácio Apostólico do Vaticano.

Francisco também agradeceu “todas as partes envolvidas neste importante resultado”.

“Espero que todas as partes respeitem imediatamente o que foi acordado e que todos os reféns possam eventualmente voltar para casa e abraçar os seus entes queridos. Rezo muito por eles e pelas suas famílias”, disse o papa.

Diante de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco disse esperar que “a ajuda humanitária chegue agora mais rapidamente (…) ao povo de Gaza que dela necessita muito”.

O papa argentino disse que tanto israelenses quanto palestinos precisam de “sinais claros de esperança”.

“Espero que as autoridades políticas de ambos os países, com a ajuda da comunidade internacional, possam chegar a uma solução justa para ambos os países, permitindo o diálogo, a reconciliação e a paz para todos. Rezemos por isso”, concluiu.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor às 11h15, horário local, de hoje.

Israel fez o anúncio depois de receber do Hamas os nomes de três reféns que serão libertados hoje como parte do acordo e notificar suas famílias.

Portanto, a Faixa de Gaza deveria ter o seu primeiro cessar-fogo desde Novembro de 2023, depois de Israel e o Hamas terem chegado a um acordo para cessar temporariamente as hostilidades e facilitar a troca de reféns israelitas e prisioneiros palestinianos.

O cessar-fogo deverá pôr fim a 15 meses de guerra e permitir a libertação de dezenas de reféns detidos por militantes na Faixa de Gaza e de centenas de palestinianos detidos por Israel.

Mediadores dos Estados Unidos, Qatar e Egipto discutiram o cessar-fogo, o segundo no conflito devastador, em meses de conversações indirectas entre as partes em conflito.

Em 7 de outubro de 2023, um ataque liderado pelo Hamas ao sul de Israel matou aproximadamente 1.200 pessoas e capturou outras 250. Cerca de 100 reféns permanecem em Gaza.

A ofensiva israelense matou mais de 46 mil palestinos, segundo as autoridades de saúde locais, que não fizeram distinção entre civis e militantes, mas disseram que mais da metade dos mortos eram mulheres e crianças.

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