O uso de cartão de imprensa não é opcional, mas obrigatório por lei

Paulo Ribeiro, membro da Assembleia Geral do Conselho da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), disse terça-feira que o uso do título não é facultativo, mas obrigatório por lei, e o presidente acrescentou que existem três procedimentos por infrações administrativas .

Jacinto Godinho, também membro do plenário da CCPJ, notou as dificuldades que a agência atravessa e defendeu a necessidade de compensar a CCPJ por não aumentar as taxas e encontrar modelos de financiamento adequados para manter a sua independência sexual.

Licínia Girão, Jacinto Godinho e Paulo Ribeiro falavam numa audição realizada pela Comissão Parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto O discurso foi feito no âmbito do pedido do grupo parlamentar do Chega para o cumprimento das obrigações dos jornalistas titulares de carteira profissional.

A comissão da pasta tem “muito poucos recursos…, apenas cinco funcionários” e um “advogado a tempo parcial”, disse Licínia Girão, presidente do órgão, detalhando a iminente expiração do seu título de jornalista.

Explicou que não houve verificação da licença profissional “no sentido tradicional”, mas que “o responsável pela renovação do título” foi o próprio jornalista que fez o pedido.

“Depois fazemos algumas verificações, nomeadamente com estes três deputados que estão aqui”, disse, dando o exemplo, “e temos muito cuidado na verificação dessas listas, tentando saber se as pessoas que estão a renovar” são elegíveis para o fazer. .

“Tivemos autarcas com credenciais profissionais de imprensa e tivemos outros cenários interessantes”, relata Lisinia Geelong, salientando que nesses casos os pedidos de renovação de títulos são negados.

Em suma, “não esperamos apenas pelas denúncias, podemos agir através da condenação, através do envolvimento, através do conhecimento não oficial”, disse, sublinhando que os funcionários da CCPJ estão “cada vez mais despertos e focados” na tentativa de verificar se as pastas são válidas. ".

Relativamente à notícia noticiada no ano passado de que o número do certificado profissional do jornalista não constava no “site” da Comissão Central de Inspeção Disciplinar, ou seja, não tinha título profissional válido, apontou o presidente da Comissão Central de Inspeção Disciplinar que “há situações em que o número do certificado não existe no “site” do Sistema da Comissão Central de Fiscalização Disciplinar, porque a pessoa está em processo de renovação dentro do prazo”.

“Mas se a comissão atrasar, esta informação também desaparecerá”, observou.

Atualmente, “ajuizamos três processos de infração administrativa, um dos quais aposentado e os demais são oficiais”.

Paulo Ribeiro sublinhou que “a utilização da carteira profissional não é facultativa, mas obrigatória por lei”.

O responsável insistiu que “o estatuto de jornalista não é o de jornalista, mas sim uma exigência da lei”, salientando que “a falta de recursos limita quem pode ser jornalista”.

Continuou que a CCPJ “deve continuar como órgão representativo, mas face aos novos desafios (…) deve desempenhar um papel mais activo”, lembrando que quando as taxas de emissão de publicações são congeladas, estas não entram no órgão financeiro recursos.

Porque não é a Comissão da Carteira que decide se os preços vão subir ou não, por lei todo aumento do salário mínimo nacional terá impacto nos valores, deve ser uma ordem do governo e se for congelado, defendeu que os meios devem vêm de outros lugares, observando que apresentaram propostas de reforma legislativa.

“Se a taxa não aumentar”, então “o problema do processamento da operação da carteira profissional é muito urgente, porque a contrapartida ainda não foi estabelecida e o governo decidiu não aumentar a taxa mas não o disse”, apontou Jacinto que é a compensação do Godinho por isso. .

Criticou a equipa de cinco funcionários e um advogado a tempo parcial e “a lei obriga-nos a fazer trabalho após trabalho (na CCPJ)”, e defendeu a necessidade de encontrar melhores condições para o órgão exercer as suas funções. Esta é a sua missão.

A CCPJ “é um órgão independente e essa independência deve ser mantida”, razão pela qual “espero que o Parlamento da República também considere soluções” para que a Comissão da Pasta “possa viver de forma mais independente”.

Ele também acredita que outra forma de verificar se um jornalista tem título válido “cabe aos políticos e prefeitos”, que poderiam perguntar se um profissional tem carteira profissional.