“O governo nada fez para desenvolver um CEO que possa enfrentar os desafios do SUS”

oxigênio Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista (PS), considera que a destituição do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra Dalmeida, foi Outra "falha do governo"“Fez todos os esforços para que Fernando Araújo se demitisse”, mas “nada fez para equipar o CEO para enfrentar os desafios do SNS”.

“Em dez meses de governo já somos o terceiro presidente do INEM e o terceiro diretor executivo do SNS. Não temos governo ou ministério à altura Servindo uma das áreas mais importantes de nossas vidas, a saúde. A responsabilidade final cabe ao Primeiro-Ministro. A saúde foi uma área prioritária para Luís Montenegro durante a campanha eleitoral, pelo que o primeiro-ministro tem a maior responsabilidade pela situação sanitária”, frisou em declarações aos jornalistas.

Para os dirigentes do PS”O fracasso do governo é claro".

“Em primeiro lugar, temos hoje uma estrutura de saúde precária, desde a gestão executiva, até aos departamentos locais de saúde, que fizeram muitas alterações, uma após a outra, para garantir que os autarcas do PSD possam ter um destino por o final do seu mandato, Até o momento, nenhuma tentativa foi feita para resolver os principais problemas do SUS ou implementar as medidas por eles propostas”, frisaram os dirigentes socialistas.

O grupo parlamentar do bloco de esquerda anunciou este sábado que vai pedir a António Gandra dalmeida e ao ministro da Saúde a realização de audiências urgentes.

"Eu penso Esclarecimentos devem ser dados ao Parlamento Quanto aos reais motivos deste despedimento, também não se perde de vista que já há algum tempo que assistimos à desvalorização da gestão executiva do SUS, que é uma parte importante da reforma do SUS em curso e uma parte importante do SUS reforma. Desprezada por esta ministra e por este governo”, afirmou Pedro Nuno Santos.

O responsável do PS destacou Governo 'perdeu o rumo'.

“Há claramente uma falta de rumo em termos de saúde e essa é realmente uma das áreas-chave. Se o governo é incompetente na saúde, é incompetente no que é mais importante. O SUS está em uma posição difícil há muitos anos. Sempre dizemos isso e nunca escondemos. Este governo criou na sociedade portuguesa uma expectativa de que o problema do SNS possa ser resolvido de forma fácil e possivelmente rápida”, sublinhou Nuno Santos.

A ministra da Saúde aceitou a demissão apresentada na noite de sexta-feira pelo diretor executivo do SNS, António Gandra D’Almeida, que se seguiu a uma investigação da Rádio SIC. A estação noticiou que o responsável acumulou ao longo de mais de dois anos a direção do INEM do Norte, sediado no Porto, exercendo funções de médico em urgências de Faro e Portimão.

Segundo relatos publicados, a lei estipula que a acumulação de cargos é incompatível, mas António Gandra dalmeida conseguiu que o INEM lhe desse autorização e garantisse que não receberia salário.

Gandra D´Almeida é especialista em cirurgia geral e é Chefe da Delegação Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) desde Novembro de 2021. Nas Forças Armadas acumulou funções de chefia e coordenação.

Foi escolhido pelo governo após a demissão de Fernando Araújo no final de abril de 2024, depois de liderar a Direção Executiva do SNS durante cerca de 15 meses, alegando que não queria tornar-se um obstáculo às políticas e políticas governamentais. Ele acreditava que medidas eram necessárias.

(Notícia atualizada às 15h19)

Leia também: Do acúmulo de emprego à demissão. Entendendo a polêmica com o CEO do SUS