Novo governo de Montenegro: todos os nomes | Legislativas 2025
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Luís Montenegro

Primeiro-ministro

52 anos

Depois de ter liderado um Governo durante pouco mais de um ano, Luís Montenegro volta a assumir o cargo num executivo de coligação PSD-CDS reforçado — com um apoio parlamentar de mais deputados. Natural do Porto, cresceu em Espinho, onde tem a residência de família e onde era também a sede da empresa que acabou por originar a queda do Governo: a Spinumviva. Entrou para o Parlamento em 2002 pelo círculo de Aveiro, e aí se manteve até 2011, tendo assumido o cargo do líder da bancada parlamentar do PSD durante seis anos. É licenciado em Direito pela Universidade Católica, tem uma pós-graduação em Direito de Protecção de Dados Pessoais e frequentou um Programa Avançado em Gestão.


Paulo Rangel

Ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros

57 anos

Transita do anterior Governo com a mesma pasta. Foi eurodeputado desde 2009 até entrar para o executivo e chegou a candidatar-se à liderança do PSD. Também já foi deputado na Assembleia da República, líder parlamentar e secretário de Estado Adjunto da Justiça, quando Aguiar-Branco era ministro. Entrou na política pela mão de Rui Rio, nas eleições autárquicas de 2001 (redigiu o programa), mas só viria a filiar-se no PSD mais tarde, quando a líder era Manuela Ferreira Leite.


Joaquim Miranda Sarmento

Ministro de Estado e das Finanças

46 anos

Foi candidato a deputado à Assembleia da República em 2022, líder da bancada parlamentar do PSD quando ainda era pouco conhecido e chegou a ministro do Estado e das Finanças em 2024 — cargo em que se mantém. Durante dez anos trabalhou no Ministério das Finanças, mas foi também assessor económico do ex-Presidente da República, Cavaco Silva, no segundo mandato, e consultor da Unidade Técnica de Apoio Orçamental. É doutorado em Finanças pela Universidade de Tilburg, na Holanda.


António Leitão Amaro

Ministro da Presidência

45 anos

Se já não era um estreante no anterior Governo de Luís Montenegro — tinha sido secretário de Estado da Administração Local —, muito menos o é agora. António Leitão Amaro mantém-se como ministro da Presidência e do Conselho de Ministros. Em 2024, contribuiu para a redacção final do programa eleitoral da Aliança Democrática. Foi deputado nas XI, XII e XII legislaturas e ocupou uma das vice-presidências do grupo parlamentar do PSD. Este ano, tal como há um ano, encabeçou a lista da AD por Viseu, o seu distrito.


Manuel Castro Almeida

Ministro da Economia e da Coesão Territorial

67 anos

O anterior ministro Adjunto e da Coesão Territorial ganha agora uma nova pasta, a da Economia (até aqui ocupada por Pedro Reis, que saiu do Governo). Nas mais recentes legislativas concorreu pelo círculo de Portalegre e não conseguiu ser eleito. O primeiro cargo que ocupou num Governo foi entre 1993 e 1995, como secretário de Estado da Educação e do Desporto. Mais tarde, viria a ser secretário de Estado do Desenvolvimento Regional de Pedro Passos Coelho. Foi autarca durante oito anos, na Câmara de São João da Madeira. Também foi deputado.


Gonçalo Saraiva Matias

Ministro Adjunto e da Reforma do Estado

52 anos

Gonçalo Saraiva Matias é doutorado em Direito pela Universidade Católica, onde é professor e onde já foi director da Católica Global School of Law. É também o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, desde 2022, e foi director do Observatório das Migrações. Foi secretário de Estado da Modernização Administrativa no último Governo de Pedro Passos Coelho, que durou menos de um mês, e, antes disso, havia sido assessor para os Assuntos Jurídicos e Constitucionais da Casa Civil do Presidente da República, entre 2008 e 2014. Nasceu em Lisboa, em 1979.


Carlos Abreu Amorim

Ministro dos Assuntos Parlamentares

61 anos

É a única promoção de um secretário de Estado ao cargo de ministro. Luís Montenegro quis que Carlos Abreu Amorim, que trabalhava no ministério liderado por Pedro Duarte com a pasta dos Assuntos Parlamentares, passasse a ocupar o cargo do agora candidato à Câmara do Porto. Abreu Amorim conhece bem os meandros da Assembleia da República: foi deputado do PSD durante oito anos, ocupou uma das vice-presidências da bancada e só saiu de São Bento quando Rui Rio foi eleito líder do partido. Chegou a ser candidato pelo PSD a Gaia, mas perdeu para o PS. É licenciado em Direito.


Nuno Melo

Ministro da Defesa Nacional

59 anos

Em 2024 foi apresentado como o novo ministro da Defesa Nacional, agora, mantém-se no cargo. Não é o primeiro presidente do CDS-PP a tutelar esta pasta — Paulo Portas precedeu-o, assim como Adelino Amaro da Costa e Diogo Freitas do Amaral. É uma espécie de tradição da AD que volta a confirmar-se. Em 2024, Nuno Melo deixou o Parlamento Europeu para concorrer às legislativas. Antes, já tinha sido deputado nas legislaturas de 1999, 2002 e 2005, sempre eleito pelo círculo do Porto. Nasceu em Vila Nova de Famalicão e é advogado.


Miguel Pinto Luz

Ministro das Infra-Estruturas e Habitação

48 anos

Mais um ministério sem mudanças ou oscilações ao nível do topo. Miguel Pinto Luz, antigo vice-presidente da Câmara de Cascais, ocupa o cargo de ministro das Infra-Estruturas e Habitação desde 2 de Abril de 2024. Como vice-presidente do partido, que foi antes de entrar para o Governo, foi responsável por trabalhar o dossier do novo aeroporto e da TAP. Engenheiro de formação, foi secretário de Estado no segundo e curto Governo de Passos Coelho. Entrou na corrida à liderança do PSD em 2019, tal como Luís Montenegro e Rui Rio, e ficou em terceiro lugar.


Rita Alarcão Júdice

Ministra da Justiça

51 anos

Licenciada em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, Rita Alarcão Júdice foi sócia do pai, José Miguel Júdice, antes de ocupar o cargo de ministra da Justiça, que mantém. No escritório, coordenava as áreas do Direito Imobiliário e do Turismo. Foi membro da comissão executiva da Urban Land Institute Portugal e associada da Women in Real Estate. Ainda antes das eleições de 2024, havia sido convidada por Luís Montenegro para integrar o Conselho Estratégico Nacional do PSD e dar os seus contributos na área da Habitação.


Maria Lúcia Amaral

Ministra da Administração Interna

67 anos

Ganha-se uma ministra da Administração Interna, perde-se uma provedora da Justiça — cargo que terá de ser ocupado em breve por outra personalidade. Mas Marcelo Rebelo de Sousa perde também uma conselheira de Estado, cargo que a provedora ocupava por inerência. Maria Lúcia Amaral é licenciada em Direito e doutorada em Direito Constitucional e enveredou pela carreira académica. Em 2007 foi eleita juíza do Tribunal Constitucional (TC) na quota da Assembleia da República e, dois anos mais tarde, foi o Presidente Cavaco Silva a nomeá-la para o mesmo cargo (chegou a ser vice-presidente do TC).


Fernando Alexandre

Ministro da Educação, Ciência e Inovação

52 anos

Luís Montenegro não quis mudar de posto o seu ministro da Educação, Ciência e Inovação. Fernando Alexandre mantém-se no cargo e mantém a “superpasta” que lhe foi atribuída em 2024. Não é (e já não era no ano passado) um estreante: passou pelo Governo de Pedro Passos Coelho como secretário de Estado Adjunto da ministra da Administração Interna. Fernando Alexandre é economista, professor da Universidade do Minho, e foi um dos autores do estudo sobre a Taxa Social Única. Também fez parte da comissão técnica responsável por avaliar as propostas de localização do aeroporto de Lisboa.


Ana Paula Martins

Ministra da Saúde

59 anos

Foi, durante muito tempo, apontada como uma das ministras remodeláveis, mas Luís Montenegro confirmou-a na pasta da Saúde. Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, fez o mestrado em Epidemiologia de Ciências Médicas e o doutoramento em Farmácia Clínica. É professora auxiliar da Faculdade de Farmácia, foi bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e presidiu ao Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte. Antes, havia sido directora dos assuntos governamentais na farmacêutica Gilead Sciences, em Portugal.


Maria do Rosário Ramalho

Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social

60 anos

A nova ministra do Trabalho é a anterior ministra do Trabalho — também neste ministério, nada mudou. Doutora em Direito, desenvolveu a sua carreira como professora catedrática nas áreas do Direito do Trabalho e Civil. Também desenvolveu investigação sobre direito social da União Europeia, igualdade e direito da função pública. Como académica, é autora de várias obras e publicações há mais de 30 anos. Antes de entrar para o Governo, em 2024, era presidente da Associação Portuguesa de Direito do Trabalho.


Maria da Graça Carvalho

Ministra do Ambiente e Energia

70 anos

Mais um ministério em que tudo se mantém inalterado. Maria da Graça Carvalho, que foi durante vários anos eurodeputada, já tinha integrado os executivos liderados por Durão Barroso e Pedro Santana Lopes como ministra da Ciência e do Ensino Superior e ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, respectivamente. Foi conselheira do comissário para Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, e conselheira principal do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, nas áreas de Ciência, Ensino Superior, Inovação, Investigação, Energia, Ambiente e Mudanças Climáticas. É engenheira mecânica de formação e professora catedrática do Instituto Superior Técnico.


Margarida Balseiro Lopes

Ministra da Cultura, Juventude e Desporto

35 anos

A mais jovem ministra do Governo de Luís Montenegro também já era a mais jovem ministra do seu anterior Governo. O que mudou foram as pastas que tutela: passou de ministra da Juventude e Modernização a ministra da Cultura, Juventude e Desporto. No partido, foi vice-presidente da comissão política nacional do PSD e liderou a Juventude Social-Democrata entre 2018 e 2020. Entre 2015 e 2022, foi eleita deputada por Leiria, mas com Rui Rio ficou de fora das listas por ter apoiado Luís Montenegro na corrida à liderança do PSD. Licenciou-se em Direito e fez pós-graduações em Gestão e Fiscalidade na Universidade Católica.


José Manuel Fernandes

Ministro da Agricultura e Mar

57 anos

Em 2009, 2014 e 2019, José Manuel Fernandes foi eurodeputado e foi assim que foi ganhando reconhecimento entre os portugueses antes de chegar ao cargo que mantém: ministro da Agricultura e Pescas. Em Bruxelas, esteve envolvido nas negociações do novo Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027, foi relator e negociador do Parlamento Europeu para o Programa InvestEU e foi membro efectivo da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural. Licenciou-se em Engenharia de Sistemas e Informática pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Minho e chegou a frequentar o terceiro ano do curso na Universidade do Minho.