Luis Montenegro e Donald Trump eleitos Personalidade do Ano da Lusa
O primeiro-ministro garantiu que não vai acontecer gastar 5% do PIB na defesa: “Não é viável” a curto ou médio prazo e “vamos fazê-lo, mas não na escala que se fala”.
O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, garantiu que os países da NATO gastarão os 5% do Produto Interno Bruto (PIB) definidos pelo presidente norte-americano, Donald Trump “Não é viável” No curto ou médio prazo.
"É claro que esta relação entre despesas e PIB não é viável a curto ou médio prazo. Precisamos de perceber que, embora seja necessária uma resposta maior, não há problema em exigir maiores esforços dos aliados. Entendido. Investir na Aliança Atlântica significa proteger a nossa soberania e segurança”, sublinhou.
Donald Trump criticou recentemente a contribuição da Europa para a NATO e sugeriu que os estados membros aumentassem os gastos com defesa para 5% do PIB.
"Esta administração está a avançar um ano para que as nossas despesas com a defesa cheguem a 2% do PIB até 2029, e estamos firmemente empenhados em manter essa meta. Talvez tenhamos de reavaliá-la, se necessário. Se tivéssemos que fazer, faríamos, não nas dimensões de que estamos falando. Penso que é inútil que os líderes europeus comentem constantemente uma ou outra consideração do presidente americano. Ninguém pode ganhar muito com isso”, frisou em entrevista à Lusa.
Em Dezembro, os líderes da NATO também apelaram a gastos militares ao nível da Guerra Fria, depois de o Financial Times ter informado que a aliança estabeleceria uma nova meta de gastos de 3% do PIB até 2030.
de qualquer forma, Novos alvos da NATO obrigam Portugal a duplicar gastos com defesaSegundo o Expresso, a despesa militar aumentará de 3 mil milhões de euros para 6,4 mil milhões de euros, e cada português gastará mais 320 euros por ano em despesas de defesa.
Os actuais compromissos da OTAN (cumpridos por todos, excepto oito membros) são Gastar pelo menos 2% do PIB em defesaexplica POLÍTICO.
Luis Montenegro rejeitou a ideia de que mais gastos e investimentos na defesa prejudicariam o apoio social.
"Essa não é a ideia. Para nós, não o faremos. Quando damos mais apoio financeiro a este sector, é também para criar empregos, para poder pagar mais salários, para poder desenvolver tecnologia e equipamentos para alimentar outras indústrias", enfatizou.
“Não devemos entender isto como uma substituição do investimento na defesa pelo investimento em sectores não sociais, pelo contrário. Ao investir na defesa, criamos mais recursos financeiros para a nossa indústriapermitiremos também que o país beneficie deste crescimento e possa ter mais receitas para pagar as despesas sociais”, acrescentou.
Os líderes executivos sublinharam a importância dos sectores da defesa e da segurança no desenvolvimento da economia europeia.
"Ou também estamos colaborando no lado da produção, para que possamos aproveitar a influência de várias indústrias na criação de empregos, na prestação de serviços e em todas as áreas relacionadas, desde materiais até tecnologia alimentar. Há também esta complexidade e técnica. Ou nós mesmos fornecemos ou vendê-lo aos nossos parceiros e aliados, ou, se não o fizermos, faremos o que fizemos até agora, que é comprar no estrangeiro para reflectir o nosso envolvimento", sublinhou.
“Estamos trabalhando em um projeto há vários meses grupo de trabalho A cooperação entre o Ministério da Economia e o Ministério da Defesa, para que possamos estimular e incentivar as empresas portuguesas a fazerem nascer projetos em Portugal, e possamos também atrair algum investimento direto estrangeiro nesta área”, reiterou o Primeiro-Ministro o lançamento “Apelo aos empresários portugueses para investirem, investirem nas actividades da Indústria de Defesa.
Luis Montenegro reiterou o seu compromisso de continuar a prestar apoio económico, financeiro, político e humanitário à República Democrática do Congo. Ucrâniareconhecendo que o governo está a cumprir os compromissos que assumiu.
“Estamos a fazer os nossos próprios esforços, que não são pequenos, e pretendemos continuar a oferecer esta cooperação. Obviamente, ligamos sempre o nosso contributo à realidade do que pode ser desenvolvido”, insistiu.