Montenegro reconhece preocupações com 'demissões' devido ao fechamento de fábricas

O Primeiro-Ministro Luis Montenegro disse mais uma vez que a “chave” para o crescimento económico é o investimento. No arranque de um debate quinzenal no parlamento da República, o líder social-democrata manteve-se também num tema que tem vindo a debater nas últimas semanas e que foi o tema principal do seu discurso de Natal.

O líder do governo afirmou: “É importante que, sejam quais forem as nossas diferenças, possamos ser atores ativos para proporcionar a Portugal condições económicas favoráveis ​​que acolham investimentos, criando assim riqueza e proporcionando melhores salários”.

Questionado pelo PS, Luís Montenegro considerou que o Governo “Preocupe-se com demissõesEsta situação multiplica-se com o encerramento de diversas fábricas do setor industrial.

Apesar disso, o líder governamental garantiu que não criaria “mais EFACECS”, ou seja, o Estado não nacionalizaria as empresas para as salvar.

Na quarta-feira, Luis Montenegro, juntamente com o seu governo, respondeu à oposição no Parlamento.

Montenegro: “Os cidadãos informais necessitados devem ser ajudados”

Depois de uma nova ronda de perguntas do PS, Pedro Nuno Santos questionou como deveriam os hospitais lidar com os cidadãos em circunstâncias atípicas depois de o governo ter querido restringir o acesso de estrangeiros ao SUS.

Luís Montenegro respondeu: “Simplesmente, é preciso prestar atenção”, disse, antes de apontar para o que o primeiro-ministro considerou ser uma rede de tráfico ilegal que explora os serviços das redes sociais portuguesas.

Andrea Ventura: “Os cidadãos ilegais devem regressar aos seus países”

O líder do Chega aproveitou este tema no seu discurso para responder ao líder do PS: “Os cidadãos em situação irregular devem regressar aos seus países”. Na primeira pergunta ao Primeiro-Ministro, este pediu esclarecimentos sobre a sua posição sobre a operação policial massiva em Martin Moniz, já que Montenegro viu a imagem de dezenas de migrantes com as mãos na parede "isso é desagradável".

“Por que você não gosta? Porque eles são bangladeshianos contra a parede?”, perguntou André Ventura.

Em resposta, Luís Montenegro reiterou que “Portugal é um país seguro”, mas sublinhou que é necessário um policiamento “mais visível” para combater a criminalidade. No entanto, o chefe do governo sublinhou: “A insegurança existe".

Referindo a recente rixa em Martin Moniz ou o assassinato no centro comercial de Viseu, Luís Montenegro garante que não pode ignorar estes acontecimentos.

O Primeiro-Ministro esclareceu de forma mais direta: “Apesar deste efeito visual, compreendo a ação policial e acredito que isto faz parte da melhor tecnologia policial”.

Pedro Nuno: ‘Não estou tão optimista como o primeiro-ministro’

Na primeira intervenção dos partidos da oposição, o secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, assumiu a liderança ao perguntar a Luís Montenegro qual era a estratégia do governo para a economia portuguesa, à medida que os despedimentos no sector secundário duplicavam.

"Não sou tão otimista quanto o primeiro-ministro”, enfurecendo os líderes socialistas.

Pedro Nuno Santos elogiou ainda, em tom sarcástico, o que considerou ser a continuação do trabalho do governo socialista: “Uma das funções mais importantes é também implementar as políticas do governo anterior. Parabenizamos o governo por fazer isso através do PRR e do investimento estrangeiro”.

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, também abordou a questão do novo aeroporto de Lisboa, criticando o governo por dizer que não era necessário um estudo de impacto ambiental - sugerindo que Supremo Tribunal contestou administrativo.

Em resposta, Luís Montenegro sublinhou que a obra teve "Conceder” e lembrou que o governo iria recorrer da decisão do tribunal.

IL pede reforma judicial sem procurador-geral

No início do debate, o presidente da Iniciativa Liberdade, Rui Rocha, perguntou diretamente a José Pedro Aguiar Branco, presidente da Assembleia da República: para a reforma judicial Ele fez o pedido no início do ano judicial esta semana.

Na sua resposta, Aguiar Blanco pediu que o tema seja discutido numa próxima vez, garantindo que ainda não foi enviado convite à ministra da Justiça, Rita Giudice.