Uma nota emitida pelo Ministério da Saúde pode ler-se: “Face à situação atual e à importância da proteção do SNS, a Ministra da Saúde aceitou o pedido de demissão. O novo Diretor Executivo do SNS será anunciado nos próximos dias".
A demissão de Gandra D’Almeida ocorreu depois de uma reportagem do SIC ter revelado alegadas incompatibilidades. Segundo a investigação, o diretor executivo do SNS fundiu as funções de diretor do INEM do Norte do Porto com as de médico de serviço nas urgências de Faro e Portimão ao longo de mais de dois anos.
No entanto, o SIC adiantou que iria receber “remunerações por turno superiores a 200 mil euros” através de uma empresa que fundou com a mulher, da qual era gestor.
Gandra Dalmeida garantiu que não cometeu quaisquer atos ilícitos, mas que pretende sair “para defender o SNS” e para proteger a sua família.
“Embora saiba que não cometi nenhum comportamento ilegal ou irregular, para salvaguardar o SUS e, igualmente importante, para proteger a minha família e o que esperamos que seja um futuro digno, peço hoje que Sua Excelência o Ministro da Saúde remova-me imediatamente de minhas funções atuais”, dizia a nota.
António Gandra D’Almeida disse que o relatório “contém imprecisões e falsidades” que prejudicaram a sua reputação e, por isso, “é a razão pela qual pode contribuir gratuitamente para que o SNS, os seus profissionais e utilizadores prestem serviços e cumpram as primeiras condições do convite”. o governo lhe confiou.
Numa nota do Ministério da Saúde, Ana Paula Martins agradeceu ao Diretor Executivo “pelo excelente trabalho” e “a toda a equipa sob a sua liderança pelo esforço em servir o povo português nestes tempos difíceis” e desejou “conhecer a situação”. O mais breve possível."
Gandra D´Almeida é especialista em cirurgia geral e é Chefe da Delegação Norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) desde Novembro de 2021. Nas Forças Armadas ocupa cargos de chefia e coordenação.
Foi escolhido pelo governo após a demissão de Fernando Araújo no final de abril de 2024, depois de liderar a Direção Executiva do SNS durante cerca de 15 meses, alegando que não queria tornar-se um obstáculo às políticas e políticas governamentais. Ele acreditava que medidas eram necessárias.
com Lusa