O Ministério da Educação designou mais 15 mediadores linguísticos e culturais para as escolas, elevando o total para quase 290, para fazer face ao aumento de estudantes estrangeiros, que duplicou em dois anos lectivos, segundo o governo.
A mudança “particularmente rápida” no número de estudantes estrangeiros nos últimos dois anos letivos, de 70 mil para 140 mil, levou a uma revisão da distribuição de mediadores pelo Departamento de Educação, com base nos dados de 2024/2025.
"Neste novo rácio, é atribuído meio mediador a cada 10 alunos elegíveis em 20”, afirmou o Departamento de Educação, Ciência e Inovação, numa nota enviada hoje às escolas.
De acordo com esta revisão, com base em dados preliminares para 2024/2025, foram acrescentados 15 mediadores adicionais, elevando o número total de mediadores linguísticos e culturais para 287,5, distribuídos por 319 instituições de ensino e agrupamentos escolares, o equivalente a formar 809 unidades 39% de estrutura orgânica. Redes de educação pública no continente africano.
O ministério acrescenta que “apesar da maior densidade de comunidades imigrantes em meio urbano, a realidade da diversidade social, étnica e cultural existe hoje em todo o território de Portugal continental” e por isso todas as escolas estão dotadas de mediadores designados na zona.
As regiões com maior número de agentes afetos são Lisboa (87 agentes em 83 unidades orgânicas), Faro (45,5 em 34), Setúbal (25 em 34), Porto (38 em 38 em 25), Braga (22,5). de 22), Aveiro (18,5 de 24) e Beja (12 de 7).
Existem 157,5 corretores na Região da Grande Lisboa (Região de Lisboa e Setúbal) e na Região do Algarve (Região de Faro), representando 55% do total.
Do ano letivo 2018/2019 para o ano letivo 2023/2024, o número de estudantes estrangeiros aumentou de 53.000 para 140.000, e a sua proporção no número total de estudantes aumentou de 5,3% para 13,9%.
"As rápidas mudanças no perfil dos alunos nas escolas criam inevitavelmente desafios para professores, diretores e outros profissionais da educação, que devem encontrar respostas educativas adequadas para apoiar números crescentes de alunos sem necessidade de aumento de recursos ou definição estratégica a nível público. O ministério destacou a política em sua nota”.
Em média, as escolas grupais/não grupais (AE/EnA) têm alunos de 19 países, quase o dobro do número de 2018/2019 (11 países), com escolas de 46 países/alunos da área.
Em 2023/2024, 41% dos AE/EnA têm 20 ou mais nacionalidades, contra apenas 12% do total em 2018/2019.
Segundo dados de 2023/2024, cerca de metade (52%) dos estudantes estrangeiros são brasileiros e cerca de sete em cada dez (72%) estudantes são provenientes de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Salientou que “isto significa que 28% dos estudantes estrangeiros tiveram pouca ou nenhuma exposição à língua e cultura portuguesas antes de chegarem a Portugal”.
Analisando a evolução desde 2018/2019, excluindo os países de língua portuguesa, o ministério observou que os grupos étnicos com maiores aumentos em número e participação no total são Índia, Venezuela, Paquistão, Bangladesh, Colômbia, Argentina e Rússia.
Dados do Ministério mostram que existem cerca de 14 mil estudantes estrangeiros recém-registados, dos quais cerca de 3.800 constituem o grupo relevante para o qual são atribuídos mediadores (nacionalidades não CPLP e recém-chegados ao sistema educativo português).