O diretor da Confidential Imobiliário não acredita que Portugal siga realmente o caminho de Espanha em termos de habitação. Falando no programa Negócios da NOW, Ricardo Guimarães disse que o governo português parece estar em desacordo com o governo espanhol sobre o assunto. “Ainda não há novidades a este respeito, acredito que a orientação política do governo português Pelo menos até certo ponto eles não se sobreporão Em linha com as medidas anunciadas pelo governo espanhol”, afirmou.
Para Ricardo Guimarães, as medidas propostas por Espanha”Foco em conter a demanda”e o governo português neste momento “prefere Medidas para facilitar o abastecimento e a acessibilidade".
O governo espanhol anunciou medidas para promover a habitação, incluindo uma promoção em grande escala da habitação pública, restrições à especulação, regulação do imobiliário turístico e maior intervenção no mercado.
Relativamente a uma das medidas mais controversas, a dos cidadãos não comunitários, o responsável da Confidencial Imobiliário considera que estas medidas “As medidas que colocam uma parte da sociedade contra outra não produzem, em última análise, o efeito desejadopois o seu alcance é reduzido e afeta significativamente a confiança dos investidores que podem ser precisamente direcionados para promover as ofertas disponíveis”.
Relativamente ao pressuposto de que estas medidas dos países vizinhos afectam o mercado português, Ricardo Guimarães acredita que alguma procura poderá começar a fluir para Portugal.
“Obviamente que alguns destes compradores vêm de países como o Reino Unido, mas com o Brexit o Reino Unido ainda está fora da UE. Isto não resolverá o problema de Espanha nem se tornará o problema de Portugalporque visam uma necessidade e uma oferta que, especificamente, não estão alinhadas com a resposta à falta de habitação acessível”, explicou.
O administrador da Confidencial Imobiliário acrescentou ainda que o que acontece quando a procura num determinado segmento cai é que “uma redução da oferta nesse segmento não tem qualquer impacto e não se torna motivo para a transferência de investimentos para outros segmentos”.
“O que precisamos é que estes segmentos de mercado, os segmentos de mercado que são acessíveis, sejam viáveis, atrativos, eficientes e tenham a capacidade de lançar produtos diversos para todas as gamas e situações de procura, desde um pequeno grupo de estrangeiros. famílias em todo o país”, concluiu.