Maca de emergência de ambulância esperando no hospital Villa Franca de Sira - Sociedade

Às 16h40, pelo menos seis ambulâncias estavam estacionadas nas urgências do hospital Villa Franca de Sira, à espera de macas, com os bombeiros a temerem esgotar os recursos disponíveis para garantir a assistência à população.

Fontes dos bombeiros disseram hoje à agência Lusa que ambulâncias de vários corpos de bombeiros dos concelhos de Villafranca de Sira, Arenquel e Arruda dos Viños, no distrito de Lisboa, ficaram retidas no local.

Fonte oficial da Direção Regional de Saúde do Estuário do Tejo, que gere o hospital de Villafranca de Sira, confirmou que na altura estavam estacionadas seis ambulâncias nas urgências.

“Houve um breve pico de visitas e estamos a fazer tudo o que podemos para resolver o problema o mais rapidamente possível”, explicou, insistindo que todas as 140 macas do hospital estavam ocupadas.

“Há uma hora e meia que temos lá uma ambulância”, confirmou à Lusa o comandante dos bombeiros de Arruda dos Vinhos, Pedro Pereira, às 17h12.

Ele disse que a empresa não tinha ambulância de emergência disponível no momento porque outras duas ambulâncias foram chamadas para serviços diferentes.

“Torna-se insuportável que ambulâncias sejam apreendidas porque os nossos bombeiros podem não ter capacidade para servir a população”, alertou.

O comandante dos Bombeiros de Alenkel, Daniel Ribeiro, disse que três ambulâncias foram retiradas das 14h39 às 17h20, das 15h30 às 17h15 e das 16h45 às 17h35, em determinados horários da tarde. onde “não há ambulâncias no acampamento militar”.

“Como a ambulância está ali estacionada, o atendimento não é de uma hora, pode demorar três ou quatro horas, e não só não há macas para mudar, como também é complicado gerir as viaturas e os recursos humanos”, insistiu.

Para o responsável, a manutenção das ambulâncias “prejudica a ajuda” quando a empresa tem três fora de serviço e oito ainda em funcionamento.

Nuno Santos, comandante dos bombeiros de Merciana, na cidade de Arenkel, confirmou que quando a viatura de socorro regressou ao acampamento militar, entre as 14h00 e as 17h00, uma ambulância estava estacionada nas urgências por falta de macas.

A empresa admitiu ter mais dificuldades em gerir os serviços de urgência porque “é mais longe do hospital e se não houver ambulância durante duas, três ou quatro horas a situação piora”.

O comandante reconheceu que existiam quatro ambulâncias de emergência e que havia o risco de esgotamento da ajuda disponível, situação que “causava constrangimento e poderia afetar a prestação de assistência à população”.

“Poderíamos ter mais recursos humanos, mas sem ambulância não podemos responder porque a maca está amarrada e a ambulância não pode ser utilizada”, frisou.

Segundo os dados, o tempo médio de espera na urgência geral de Vila Franca de Xira é de 4 minutos para os doentes muito urgentes, 01h47 horas para os doentes urgentes, 01h56 horas para os doentes menos urgentes e 04h24 horas para os doentes urgentes. pacientes não urgentes. Visite o site do Serviço Nacional de Saúde às 18h.

Pacientes de emergência obstétrica e ginecológica foram admitidos imediatamente, pacientes pediátricos de emergência esperaram 4 minutos, pacientes urgentes esperaram 49 minutos e pacientes não urgentes esperaram 2 horas e 28 minutos.