Ainda persiste um certo espírito de autogestão no modelo de gestão escolar vigente antes de 2008: os diretores são eleitos diretamente por todo o pessoal docente e não docente. Nesta eleição, certamente estiveram envolvidos representantes de estudantes e tutores, mas em pequena proporção em comparação com docentes e funcionários.
E se os treinadores de futebol fossem eleitos pelos jogadores? Que poder eu tenho para pedir mais comprometimento? Qual é o impacto de solicitar uma mudança de política? É claro: num ambiente de trabalho, a liderança eleita diretamente pelos liderados raramente lidera.
A tese de Mestrado em Administração Escolar defendida em 2012 por Luís Teixeira da Universidade de Coimbra comprova o meu argumento: “Sendo o conselho executivo ou diretor composto por todos os funcionários docentes e não docentes no exercício efetivo das suas funções Eleitos, bem como nacionais e chefes de educação e representantes de estudantes do ensino secundário, os mesmos diretores ou comissões executivas podem ser pressionados por grupos existentes dentro do grupo mais amplo que os elegeu, particularmente professores, o que não é o caso com o atual modelo de governação desta forma" .É sem dúvida da responsabilidade da direção escolar garantir boas condições a todos os colaboradores, tratá-los sempre com respeito e compaixão, motivá-los a cumprir a nobre missão da missão educativa, reduzir quaisquer ameaças ou obstáculos, e respeitar a singularidade da profissão docente. Mas também cabe aos conselhos escolares – por mais impopulares que sejam – exigir essas coisas simples, mas nem sempre realizá-las, como preencher resumos em tempo hábil. Qual é o valor de uma ordem emitida pela gestão que depende diretamente do voto massivo dos trabalhadores que comanda?
Mas...o sistema introduzido em 2008 viu o Departamento de Educação criar conselhos escolares e nomeá-los centralmente a partir de algum escritório distante? Não. Em suma, o órgão representativo da comunidade escolar, anteriormente denominado Parlamento Escolar e a partir desse ano como Conselho Geral, passa a ter poder eleitoral.
Não passámos da democracia para a ditadura, como alguns erradamente nos levaram a acreditar; Acabamos de passar da democracia direta para a indireta. Os representantes dos professores, do pessoal não docente, dos encarregados de educação, dos alunos e das autarquias locais são todos eleitos democraticamente, têm assento no Conselho de Escola e continuam a ter assento no Conselho Geral, que passa a incluir também um representante da comunidade local. -Escolhido. Agora, o Conselho Geral eleito democraticamente elege o Diretor.
O processo torna-se mais racional: antes da votação do Conselho Geral, a comissão analisa o currículo e os projetos de intervenção de cada candidato e realiza entrevistas com todos os candidatos.
Já frequentei uma escola, no ano passado, e houve cinco candidaturas lá! Na minha opinião, isto é muito mais democrático do que a Assembleia da FENPROF - que se opõe mais veementemente à alegada natureza antidemocrática do modelo actual - onde o Secretário Geral da FENPROF foi eleito com proporções norte-coreanas desde 2007.O atual sistema de administração e gestão escolar é um diploma vitalício incomum. O decreto aprovado em 2008 continua em vigor com apenas duas modificações: uma cirúrgica em 2009 e outra mais abrangente em 2012, mas mantendo todos os seus pilares principais. Talvez com o retorno possam ser feitas melhorias. Cada grupo de escolas tem a opção de governança colegiada (eleita por voto) ou de uma equipe de gestão unipessoal nomeada por diretores eleitos.
Mas, inversamente, nas escolas públicas que pretendem modernizar a sua gestão, um regresso à chefia está fora de questão.
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Estive em uma escola onde houve cinco inscrições para diretor no ano passado! Na minha opinião, isto é muito mais democrático do que a Assembleia da FENPROF - que se opõe mais veementemente à alegada natureza antidemocrática do modelo actual - onde o Secretário Geral da FENPROF foi eleito com proporções norte-coreanas desde 2007.
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