Muita gente pode estranhar que Kris Meeke tenha assistido à Gala da FPAK e recebido o Prémio do Campeonato de Portugal de Ralis, mas o facto é que a Sports & You e Kris Meeke interpuseram uma ação preventiva junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD). Compete ao órgão competente ouvir e decidir sobre as impugnações e implicações suspensivas da decisão de não atribuir a Chris Meeker o título de Campeão Nacional, mas o TAD concluiu que esta decisão violou princípios legais e constitucionais como a igualdade e a não discriminação, a A Constituição portuguesa e a legislação da UE prevêem isso. O tribunal considerou que a não atribuição do título causaria danos irreparáveis ao piloto e à sua equipa e ordenou à FPAK que tomasse todas as medidas necessárias para atribuir temporariamente o título nacional a Chris Meeker, mas isso não vinculou a decisão final. O processo é principalmente.
Ou seja, a decisão não é conclusiva, deve tornar-se definitiva, mas o seu efeito imediato fica pendente até final.
Abaixo está um resumo da decisão
Num processo que envolve Kris Meeke e a Federação Portuguesa de Automóveis e Karting (FPAK), o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) decidiu por maioria suspender a validade da decisão da FPAK de retirar ao piloto o título nacional de rali de 2024. devido à sua nacionalidade estrangeira. A federação foi criada ao abrigo do artigo 62.º, n.º 2, do Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD), que restringe a atribuição de títulos nas modalidades desportivas individuais aos nacionais.
O TAD concluiu que esta decisão violou princípios legais e constitucionais como a igualdade e a não discriminação consagrados na Constituição portuguesa e no direito da UE. O tribunal considerou que a não atribuição do título causaria danos irreparáveis ao piloto e à sua equipa, incluindo perda de patrocínio, reputação e oportunidades futuras.
Assim, o TAD decidiu que a FPAK deveria tomar todas as medidas necessárias para atribuir temporariamente o título do Campeonato Nacional a Kris Meeke, mas isso não vincula a decisão final no processo principal.
Anuncie votos vencedores
O árbitro Miguel Santos Almeida votou contra a decisão, considerando que não estava comprovado o “periculum in mora” (risco de dano irreparável) necessário para a concessão de medidas preventivas. Ele disse que as supostas perdas eram apenas potenciais e não justificavam a decisão provisória de declarar o piloto campeão. Além disso, criticou a ideia de conceder títulos temporários, argumentando que a decisão só poderia ser tomada durante o processo principal para evitar a criação de um fato consumado.
resultado
De acordo com a decisão, a decisão provisória abre um precedente importante para a aplicação do artigo 62.º do RJFD, nomeadamente em competições com concorrentes estrangeiros. Além disso, reforça a importância de proteger os direitos fundamentais, como a igualdade e a não discriminação no desporto. No entanto, a posição minoritária destaca os riscos de decisões ad hoc e o impacto que podem ter na estabilidade jurídica e desportiva.