Repórteres da AFP presentes no local observaram dois ônibus com vidros escuros saindo da prisão, aplaudidos por centenas de pessoas que esperavam e disparando fogos de artifício.
Espera-se que cerca de 90 prisioneiros palestinos sejam libertados conforme planejado no primeiro dia de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, após a libertação de três mulheres israelenses em Gaza.
Entre eles, 12 homens foram considerados culpados de crimes menores, como incitação ao terrorismo ou perturbação da ordem pública, juntamente com 69 mulheres e nove menores, todos condenados a menos de três anos de prisão e considerados culpados de crimes sangrentos.
Todos eles se reuniram na prisão israelense de Ofer, na Cisjordânia ocupada, perto de Ramallah, horas antes de serem libertados, com 78 pessoas transferidas para a Cisjordânia e 12 para Jerusalém Oriental, disse a comunidade de Silwan. Confirmado pela agência EFE.
Também entre os libertados estavam o político do Hamas Saleh Arouri e a irmã de Dalal Jaseeb, uma ativista feminista de 62 anos da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), Khalida Jarrar, e Abla Abdelrasoul, 68, esposa do palestino. Frente de Libertação. Líder da FPLP, Ahmed Sadat.
As forças de segurança israelitas e representantes da Cruz Vermelha verificaram a identidade de cada prisioneiro e realizaram exames médicos.
Os detidos que viajam para Jerusalém Oriental serão levados para o complexo russo da cidade, onde a polícia os libertará, de acordo com um comunicado do Serviço Prisional.
Espera-se que cerca de 2.000 prisioneiros sejam libertados na primeira fase do acordo de cessar-fogo de 42 dias, e 33 reféns também deixem a Faixa de Gaza.
Com a libertação de 33 reféns, 91 presos permanecem no enclave desde 7 de outubro, 34 dos quais com morte confirmada, além de três pessoas detidas desde 2014: dois civis mortos confirmados e um soldado.
No domingo, tropas israelenses resgataram o corpo do sargento Oron Shaul, o segundo soldado morto na guerra de 2014 na Faixa de Gaza, em Jabaliya, e que estava detido pelo Hamas desde então.
O Hamas libertou três reféns israelenses na Faixa de Gaza e os reuniu com suas mães em Israel antes de serem levados ao hospital para tratamento, segundo os militares israelenses.
Nos termos do acordo de cessação das hostilidades, 33 reféns israelitas serão libertados num período inicial de seis semanas. A Agence France-Presse citou um oficial militar dizendo que três pontos de recepção de reféns foram criados na fronteira entre Israel e Gaza.
Em troca, as autoridades israelitas garantiram a libertação de aproximadamente 1.900 palestinianos durante este período.