IL considera data de 23 de março para eleições na Madeira “muito correta”

"JJá transmitimos isso ao Presidente da República quando nos reunimos com ele (7 de janeiro). Não há outra solução e é tempo de o povo madeirense ter uma palavra a dizer e perceber quais as soluções que o povo madeirense quer e defende”, disse Gonzalo Maia Camelo à agência Lusa durante a entrevista.

O Presidente da República anunciou hoje a dissolução da Assembleia Legislativa Regional da Madeira, decisão aprovada pelo Conselho de Estado, estando marcadas eleições regionais antecipadas para 23 de março.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a notícia através de uma nota no site oficial da Presidência da República, onde referia que a reunião de hoje do Conselho de Estado “emite parecer favorável à Constituição e dissolve a Assembleia Legislativa Regional da Madeira”.

“O Presidente da República, ouvidos os partidos políticos ali representados e o Conselho de Estado, decidiu dissolver a Assembleia Legislativa Regional da Madeira e marcar eleições para 23 de março de 2025”, refere a mesma nota.

O coordenador da Madeira Freedom Initiative considera esta data “muito correta”.

“Sempre pensei que seria dia 23 de março, muito brevemente, por dois motivos: porque acho que o presidente quis tirar a campanha do período de carnaval, o que agradecemos porque já sabemos que a política não afeta o resultado das eleições. Foi tão bem recebido que colocá-lo no meio do carnaval foi absolutamente desnecessário”, explica.

Já Gonzalo Maia Camelo acredita que o Presidente da República procura, por isso, dar tempo para que a nova lei eleitoral da Comunidade Autónoma da Madeira, aprovada hoje no Congresso da República, possa ser implementada nas próximas eleições . eleição.

A nova lei foi adoptada por unanimidade numa votação final global para introduzir a igualdade nas listas eleitorais, na votação por mobilidade precoce e nas matrizes Braille.

O coordenador de Illinois/Madera disse que será o companheiro de chapa do partido nas primeiras eleições legislativas regionais de 23 de março.

Desde setembro de 2023, o partido Iniciativa Liberal tem um representante no parlamento da Madeira, de um total de 47 representantes no parlamento semicircular.

Esta é a segunda vez que Marcelo Rebelo de Sousa dissolve o parlamento da Madeira. A última dissolução foi decretada depois de Miguel Albuquerque ter renunciado ao cargo de administrador regional em março passado e levou a eleições legislativas antecipadas em 26 de maio, mas a maioria das soluções governamentais não surgiram.

O PSD e o CDS-PP chegaram a acordo parlamentar mas não obtiveram maioria absoluta.

A 17 de dezembro do ano passado, a Assembleia Legislativa da Madeira aprovou uma moção proposta pelo Chega contra o governo minoritário social-democrata liderado por Miguel Albuquerque, com todos os partidos da oposição a votarem a favor.

O Chega, cujo grupo parlamentar é composto por quatro deputados, justificou a moção de censura através de um inquérito judicial que envolveu Miguel Albuquerque e quatro secretários regionais, todos acusados.

De acordo com o artigo 133.º j) da Constituição da República, o Presidente da República pode dissolver a Assembleia Legislativa das Comunidades Autónomas “após consultado o Conselho de Estado e os partidos políticos nela representados”.

Os madeirenses vão votar pela 15.ª vez para eleger a Assembleia Legislativa Regional da Madeira.

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