Igreja Católica saúda mudança na liderança sobre interrupção voluntária da gravidez

Num comunicado hoje divulgado, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa “manifesta a sua satisfação pela recente não aprovação do projeto legislativo sobre o aborto pelo Congresso da República”.

No documento, a Igreja Católica Portuguesa reitera a sua oposição ao aborto e recorda o recente discurso do Papa Francisco por ocasião do Dia Mundial da Paz, no qual “apelou a um compromisso firme na promoção do respeito pela dignidade da vida humana, desde a concepção até à morte”. morte natural."

O CEP “reconhece também o papel das associações católicas, de destaque nas respetivas áreas de atuação, na oposição a propostas de legislação que não foram aprovadas”.

No comunicado, o CEP destacou também o sínodo diocesano português realizado em Fátima no dia 11 de janeiro e anunciou que um segundo sínodo desse tipo seria realizado no início do próximo ano.

Na sexta-feira, o parlamento debateu várias propostas de alteração da lei IVG num debate organizado pelos socialistas que, entre outras alterações, procura prolongar o prazo, mas todos os partidos, exceto os sociais-democratas e o Illinois, apresentaram a sua própria proposta.

Conforme já anunciado, o debate terminou com uma votação para derrubar todos os projetos de lei e projetos de resolução que estavam em cima da mesa.

O projeto de lei dos partidos de esquerda prevê alterações no prazo legal do IVG, que atualmente é de 10 semanas, e os partidos de esquerda pretendem alargá-lo para 12 semanas (PS e PCP) ou 14 semanas (BE e Livre), encerrando a reflexão prazo ou apertá-lo em caso de objeção de consciência. Leis do Serviço Militar.

Na contramão estão as propostas do Chega, que levanta a possibilidade de as grávidas serem examinadas para ver e ouvir os batimentos cardíacos fetais, e do CDS-PP, que quer a presença de objectores de consciência nas consultas pré-natais. Injeção intravenosa.

Nas votações separadas de sete projetos de lei e três projetos de resolução (que não têm força jurídica), as cadeiras da Iniciativa Liberdade foram divididas, com oito deputados a escolherem entre abster-se, opor-se ou favorecer vários diplomas. Também entre os Democratas, oito deputados optaram por votar a favor em vez de se absterem de votar como outros deputados, por exemplo no projecto de lei do BE.