Grupos ambientalistas pedem que alteração da lei do solo seja descartada – Sociedade

Mais de duas dezenas de organizações não-governamentais (ONGA) ambientais apelaram esta quinta-feira à revogação do certificado para alterar a lei de terras e anunciaram que vão exigir uma audiência com o Presidente da República para discutir o assunto.

Na sexta-feira, Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN responderam com vista à sua revogação.

Num comunicado assinado por 21 organizações e divulgado pela LPN – Liga para a Proteção da Natureza, os ambientalistas argumentaram que o diploma “não resolve o problema da habitação”, razão pela qual o governo o aprovou.

A alteração do RJIGT para permitir a construção em terrenos rurais está prevista para entrar em vigor no final deste mês. Segundo o governo, o objetivo da alteração é permitir mais terrenos para construção e promover a “criação de soluções habitacionais” em linha. controlando custos e vendendo a preços acessíveis”.

Além disso, a ONG sublinhou que o decreto “aumenta o risco de degradação da rede Natura 2000, das Reservas Agrícolas Nacionais (RAN) e das Reservas Ecológicas Nacionais (REN), e cria maiores riscos para pessoas e bens”.

“Ao subdividir separadamente e criar expectativas de valorização repentina da terra no mercado fundiário, este decreto aumentará o custo da habitação e das infra-estruturas urbanas, ao mesmo tempo que prejudica a agricultura, a silvicultura e a conservação da natureza”, precisa.

Os ambientalistas afirmam que o diploma “não é sustentado por investigação, dados ou base científica” e apontam para uma “falta de fundamentação que o justifique”, o que provaram os urbanistas, arquitetos paisagistas e arquitetos paisagistas do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável. Existem inúmeros especialistas.

As alterações ao RJIGT foram promulgadas pelo Presidente da República, apesar de Marcelo Rebelo de Sousa considerar a lei “uma grande perturbação da ordem territorial geral e do regime de planeamento a nível nacional e local”.

A ONG afirmou que a mudança não ajudaria a resolver a crise habitacional porque o problema não era a falta de terrenos urbanos, visto que “mais de 50% dos terrenos urbanos não artificiais e pelo menos 12% do número total de casas estão disponíveis”.

Argumentam que a solução para a crise habitacional passa pela “análise criteriosa do ordenamento do território” e pela aplicação de estratégias como a concessão de “privilégios de loteamentos às administrações públicas e a sua retirada de mãos privadas” e a “utilização vigorosa de impostos imobiliários”. activos imobiliários para encorajar a sua utilização atempada e desencorajar a especulação”.

Ambos mostram “resultados positivos que valem a pena imitar nos países mais desenvolvidos”.

Além da LPN, a declaração foi assinada pelo GEOTA (Grupo de Ordenamento do Território e Investigação Ambiental), Quercus (Associação Nacional de Protecção da Natureza), ZERO (Associação para Sistemas Terrestres Sustentáveis), Almargem (Associação para a Protecção dos Recursos Culturais e Património Ambiental do Algarve), AAMDA – Associação dos Amigos da Protecção Ambiental do Mindelo, CPADA – Federação Portuguesa das Associações de Protecção Ambiental e Balombal – Protecção do Património Natural e Rural, entre outros.