Governo recomenda encurtar distâncias, permitindo que professores doentes transfiram de escola

O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) propôs aos sindicatos que o critério de distância mínima que permitiria a colocação de professores com problemas de saúde em escolas mais próximas das suas residências fosse reduzido de 20 quilómetros para 15 quilómetros.

A proposta está a ser submetida aos sindicatos representantes dos professores na primeira sessão de negociação do Código da Profissão Docente, que é dedicado ao sistema de mobilidade de doenças, primeiro tema da lista de prioridades do governo.

Segundo documentos obtidos pela agência Lusa, o MECI propõe “encurtar a distância mínima entre o agrupamento de escolas de reassentamento e a sede municipal do agrupamento de escolas de reassentamento de 20 quilómetros para 15 quilómetros como condição para a mobilidade dos professores”.

"Na nossa opinião, nem isso é suficiente”, afirmou Daniel Martins, sob a orientação do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), em declarações aos jornalistas no final da reunião, sublinhando que, em regra, devido a Devido às condições de transporte e da escola, os professores não podem mais trabalhar após chegarem à escola, independente da distância.

Atualmente, os professores que se encontrem a mais de 20 quilómetros de distância da sua residência ou de um prestador de cuidados de saúde em linha reta podem solicitar a transferência por motivo de doença, mas a sua colocação está sujeita à capacidade declarada da escola e os professores devem manter um mínimo de seis horas letivas. .

Além dos critérios de distância, as restrições de mobilidade à capacidade escolar também têm sido fortemente contestadas pelos sindicatos docentes, que defendem que isso transforma o sistema numa competição.

"Os líderes do Stop acreditam que a mobilidade devido a doença é um direito que não deve ser contestado. Disse que as propostas apresentadas não esclarecem as intenções do governo sobre o assunto, pois referiu que a capacidade escolar passou a ser regulada pela Direcção Geral de Administração e Coordenação Escolar.

Por outro lado, o governo pretende assegurar “a livre circulação dos professores profissionais que se encontrem impossibilitados de cumprir as suas funções docentes, tendo em conta a organização das escolas”.

As regras atualmente em vigor, amplamente contestadas pelos professores, foram aprovadas pelo anterior governo em 2022 e deveriam ser revistas em 2024, mas após reunião com grupos sindicais em junho, o MECI decidiu adiar estas negociações pelo que considerou ser A falta de consenso entre a tutela e o sindicato justificou uma revisão mais profunda.

O novo sistema deverá entrar em vigor no próximo ano lectivo, com discussões sobre recrutamento, entrada na carreira, formação e desenvolvimento profissional, condições de trabalho, avaliações de carreira não revistas e modelos de avaliações de desempenho de professores a seguir, mas não há um calendário claro.