Fumados, barossa e legumes do Património Agrícola Mundial dão sabor ao ‘melhor guisado de Portugal’

O Cozido Barrosão (também conhecido como "Cozido à Barrosã") é ideal para enfrentar as baixas temperaturas e é um prato típico de inverno que acompanha o tempo frio.

Para desfrutá-lo junto à lareira, dirija-se ao Barroso, região que une Montalegre e Boticas e é a única região do mundo classificada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) como Território Nacional de Património Agrícola, onde se encontram muitos dos as matérias-primas necessárias para a produção são produzidas. Dê vida ao “ensopado de Barrosão” ou “à Barrosã”. Orgulhosamente conhecido localmente como “o melhor guisado de Portugal”, baseia-se em saberes ancestrais onde os enchidos e os legumes ainda são cultivados manualmente em terra limpa e ar puro. Esta combinação resulta num prato sazonal rico: entre janeiro e março é preciso esperar pela couve acabada de fumar, esperar que as geadas amoleçam a couve grossa. Em 2025, a tradicional Feira Fumeiro de Montalegre realizar-se-á de 23 a 26 de janeiro

Nuno Diniz, autor “Entre Vento e Fumo – Bacon e Salsicha de Portugal”Uma exaustiva colecção de enchidos e bacon de todo o país faz com que as receitas variem consoante o local onde são confeccionadas, podendo mesmo ser confeccionadas de duas maneiras, mesmo na mesma aldeia. Este método também cozinheirocronista e pesquisador, famoso por organizar todos os anos um guisado inesquecível, que dura três dias. “Porque a carne precisa ficar de molho” e ao mesmo tempo é preciso o preparo de Marco Gomez, cozinheiro De Trás-os-Montes, os segredos deste prato revelados escritório de restauranteno Porto, dura apenas sete semanas entre Janeiro e Fevereiro: não só o bacon, os enchidos e a barossa vêm dos fornecedores locais, mas também as batatas Kennebec e água: “Retiramos 200 litros de água da nascente de Montalegre para cozinhar a carne”, detalha, garantindo que “faz muita diferença”.

ensopado de balosan

CM Montalegre

Vito Oliveira destacou o “caráter muito especial” da zona que o levou a lançar o projeto ensopado de balosan. Além de uma plataforma onde os ingredientes podem ser encomendados em casa, chefs e receitas viajam por diversos restaurantes do país — uma forma de divulgar a receita fora do território barroso. Com sabor próprio, pois “todas as receitas variam, mesmo dentro da mesma aldeia”, o que explica a dificuldade de “encontrar receitas com origem documentada”. Cada um usa o que tem e “é uma receita de família”. Atualmente, “a maioria dos preparativos é mais complexa do que no passado”. O maior diferencial é a riqueza de conhecimentos ancestrais que dão sabor ao bacon, e ele classifica seus produtores como “artesãos”.

O cozido Barrosão é rico em sabor e aromático, e a sua preparação depende de quem controla a panela (ou de preferência uma panela de ferro). Actualmente utiliza-se alguns cortes de porco e vitela Barossa frescos, bem como pequenas quantidades de toucinho e enchidos. Marco Gomes tem 14 variedades, incluindo vitela Barossa (costela e Nisboa), e não é necessária carne de porco fresca, mas uma chega a ter 20 variedades de carnes fumadas.

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Tusquinia do Barroso - Museu do Presunto

Onde comer o melhor Cozido Barrosão?

Tusquinia do Barroso - Museu do Presunto
Manuela Duarte, filha do proprietário, explica que o restaurante, situado num antigo palheiro, abriu há dois anos graças a anos de conhecimento na produção de bacon. Assegurou que além da batata e da couve cultivadas na sua própria horta, “só vêm cenouras do estrangeiro” na “produção de carne de porco e bacon”. Aqui, a receita do cozido barrosão inclui toucinho caseiro, orelhas de porco curadas, barriga de porco, peito de porco, pés e cabeça de porco, vitela fresca e, “se estiver próximo do abate, costelas ou ossos frescos”. Disponível de dezembro a fevereiro (R$ 30). O leitão é outra especialidade aqui durante todo o ano. Tusquinia do Barroso - Museu do Presunto
Rua de Trás, 2, São Vicente de Chã, Montalegre. Telefone 276548058

Pôr do sol
Inaugurado no verão de 2024, o restaurante reflete a longa experiência de Ana Gonçalves e da sua mãe na confeção de enchidos e de cozido barrosão, receitas que herdou da mãe. Ambas as empresas produzem enchidos e legumes do campo ao garfo: batatas, couves e cenouras juntam-se a “basicamente tudo com carne de porco” curada ou fumada na própria casa. É cozinhado “pelo menos duas horas” antes de servir - com a vitela Barossa fervida à parte - criando um guisado cheio de sabor no inverno. Ou, em um restaurante Pôr do sol Escolha entre barossa fatiada ou ilha.
Rua da Estrada, 35, Paradera, Montalegre. Telefone. 937831318

Taberna Tiana da Ella

Restaurante Dias
O cozido à barrosã é um dos símbolos desta terra e do país. Restaurante Diase na temporada as porções são enormes (48 reais). Antonio Dias, cozinheiro O patrão marina a carne por 24 horas e depois cozinha todos os cortes individualmente. Uma forma de “preservar a textura porque cada um tem seu ponto de cozimento”. Ele explicou que durante o abastecimento de inverno, “depende do início do frio e do momento do abate, que geralmente é de dezembro até o final de março”. A partir daí, “a couve já não tem a doçura de ser cozinhada no gelo”, o que é uma das razões pelas quais “acabou a época”.
Largo do Penedo, 2, Montalegre. Tel: 276556123

Taberna Tiana da Ella
Os fumeiros caseiros são provenientes de vários fornecedores próximos, que fornecem matéria-prima de alta qualidade para o prato "Cozido Barrosão" durante o tempo frio. Excelente ambiente: no centro da vila, quase desabitado, este restaurante dá vida à terra e torna-se num pretexto para subir ao topo da montanha, respirar ar puro e admirar a paisagem, no final da estrada "fora do trilha batida", paraíso aqui vamos nós. ” “Ilhada com Arroz e Feijão” é uma das alternativas de reserva de mesa. Taberna Tiana da Ella Altamente recomendado.
Rua Cabeça do Castro, 3, Parada do Outeiro, Montalegre. Telefone 935720842

casa de Pedro

casa de Pedro
Suba ao topo da montanha, respire fundo e sinta o aroma da terra. São responsáveis ​​pela alimentação do Cozido Barrosão e demais ingredientes preparados na casa. Para saborear este prato (40 euros) é preciso reservar com antecedência, pois muita gente o procura, mas “entre Outubro ou Novembro e Março ou Abril”, explica Pedro Pereira, só está disponível Servido em charcutaria e descrição detalhada do seu preço. O Mestre da Natureza: “A menos que matemos os porcos, não seremos nada”. casa de Pedro. A vila vale um passeio antes ou depois.
Largo da Capella, Villarinho Seco, Boticas. Telefone. 276444112

escritório
De meados de janeiro até o final de fevereiro, almoço de sábado: escritório de restaurante Sinónimo de "Cozido barrosão" no restaurante de Marco Gomes. No Porto a carne é mesmo “fumada e curada”, explica cozinheirofornecedor de Barroso. Até a água provém de Montalegri, garantindo o sabor puro e a consistência dos diferentes elementos: além da vitela Barossa, há 14 tipos de carne, batata, couve grande e cenoura.
Rua de Miguel Bombarda, 282, Porto. Telefone. 936712384

ensopado de balosan

Guia de Degustação Tradicional Portuguesa
Do "Arroz de sarrabulho de Ponte de Lima" no Minho, ao "Butelo com casulas" em Trás-os-Montes, da outrora pobre "Feijoada de Sames" ao cosmopolita "Bacalhau à Brás", raros "Molhinhos de Carneiro" ”com Grão”, ao “Frango Cereja” na serra, passando pelo tradicional “Milho Frito à Estilo Local” ou pela festiva “Sopa do Espírito Santo”, cozinha tradicional cheia de dicas, segredos e histórias, consulte o novo guia essencial Descubra “restaurantes” , pratos e produtos regionais".

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Boa cama e boa mesa