Ex-coordenador da task force Évora 27 em julgamento no parlamento

Paula Mota Garcia, antiga coordenadora da task force Évora_27 Capital Europeia da Cultura, vai ouvir as acusações do ministro da Cultura no Parlamento depois de aprovado o pedido do Chega.

O pedido de audiência de Paula Mota Garcia “para esclarecer as alegações feitas pelo ministro da Cultura relativamente à gestão, transparência e integridade do processo de Évora” foi aprovado na quarta-feira, PS, Iniciativa Partido Liberal e Chega receberam votos a favor e contra, com base no PSD nas informações disponíveis Lugar Oficiais Parlamentares.

A ordem do dia desta quarta-feira da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto previa também a votação do pedido do Bloco de Esquerda (BE) para uma audição com Paula Mota Garcia sobre o “estado actual do projecto Évora_27”, mas isso não aconteceu. acontecer. Resta ainda para votação outro pedido do BE, nomeadamente para ouvir um requerimento de Nuria Enguita, diretora artística do Museu de Arte Contemporânea do MAC/CCB, relativo à destituição de Francisca Carneiro Fernandes, presidente da Fundação CCB.

Paula Mota Garcia demitiu-se em outubro passado, argumentando que “não estavam reunidas as condições” para continuar, apontando o atraso na criação da Associação de Gestão Capital Europeia da Cultura (CEC), que deveria ter sido oficialmente constituída em fevereiro de 2024.

Poucos dias depois da sua demissão, foi inaugurado o conselho de administração da Associação de Gestão Évora_27, tendo sido eleita presidente a jurista Maria do Céu Ramos.

A mudança suscitou preocupações entre os actuais e futuros chefes de sete outros CEC, que escreveram uma carta à Comissão Europeia enquanto está em curso uma revisão do actual modelo CEC, que termina em 2033.

Maria Doseu Ramos negou o que disse serem ações que “prejudicaram gravemente o projeto” e reiterou a “legitimidade e legalidade” do mandato da nova liderança.

Num requerimento apresentado em dezembro, o grupo parlamentar do Chega referia-se a uma carta enviada por Paula Mota Garcia ao Congresso da República, na qual a ex-coordenadora da task force afirmava que “é alvo de graves acusações (a ministra Dalila Rodríguez falou numa audição parlamentar sobre a sua atuação no processo Évora 2027 durante o período de março de 2020 a outubro de 2024.

“Entre as questões levantadas destacamos alegações de competição por influência por parte do diretor artístico de Évora 2027, instigação à interferência de diretores artísticos de outras Capitais Europeias da Cultura e alegadas tentativas de encorajar despedimentos de toda a equipa da missão”, diz o requerimento.

O Chega lembrou que Paula Mota García “refutou veementemente todas as acusações que lhe eram feitas e ainda prestou esclarecimentos formais à comissão parlamentar sobre cada assunto”.

Para o partido, “dada a gravidade das acusações” feitas pela ministra da Cultura Dalila Rodrigues “e as garantias contraditórias garantidas pelo Estado de Direito”, ouve Paula Motta García, o discurso de Mota Garcia “permitirá uma análise mais completa, imparcial e imparcial”. de eventos".

No âmbito deste tema, a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, irá em breve dirigir-se ao Parlamento.

Em 18 de dezembro, foi deferido o pedido do BE para uma audiência com governantes “com caráter de urgência”. O pedido foi apoiado pelos votos do PS, BE e Livre, com o PSD a votar contra e o Chega e o Partido da Iniciativa Liberal (IL) a absterem-se na votação.

No início de dezembro, também foi deferido o pedido do PSD para ouvir Maria do Céu Ramos. O pedido foi aprovado por unanimidade, com ausências de IL, BE e Livre.

O pedido do PCP para ser ouvido no Parlamento pelos membros da delegação da Capital Europeia da Cultura, pelo Ministro da Cultura e pelo Presidente da Câmara Municipal de Évora foi rejeitado, tendo o PSD votado contra e o PCP votado a favor, com abstenções vindas do PS e Chega.