De acordo com o relatório anual do Serviço de Imigração e Alfândega da América do Norte (ICE), os Estados Unidos deportaram 69 cidadãos portugueses em 2024, um aumento de nove em relação ao ano anterior.
O relatório afirma que 101 cidadãos foram deportados de volta para Portugal em 2019, 47 em 2020, 28 em 2021, 33 em 2022 e 60 em 2023.
Estas unidades são responsáveis por deter e deportar estrangeiros considerados perigosos para a segurança das comunidades norte-americanas ou que violam as leis de imigração, e garantir investigações relacionadas com a segurança nacional.
A questão da deportação portuguesa foi levantada depois de o recém-empossado presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado a sua intenção de deportar imigrantes ilegais.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paul Laguer, disse que a possível deportação de portugueses que vivem ilegalmente nos Estados Unidos não teria um “impacto significativo”, acrescentando que o governo está “preparado” e a trabalhar com o governo dos Açores.
"Esperamos que isto tenha um impacto significativo, mas estamos prontos”, disse Paulo Rangel numa audição da Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus, na terça-feira, depois de ter sido questionado pelo PS e Bloco de Esquerda sobre um possível plano de expulsões, anunciado pelo novo. Presidente norte-americano Donald Trump.
O chefe dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse que o governo iria lidar com a situação “sempre em estreita coordenação com o governo regional dos Açores”, de onde vem grande parte dos imigrantes portugueses nos Estados Unidos.
O relatório afirma que em 2024, 271.484 estrangeiros foram deportados dos Estados Unidos para 192 países diferentes, incluindo 88.763 estrangeiros acusados ou condenados por atividades criminosas, 3.706 membros de gangues conhecidos ou suspeitos, 237 conhecidos ou suspeitos de terrorismo e oito violadores de direitos humanos foram consultados. na Lusa.
Mais de 30% dos deportados tinham antecedentes criminais, com uma média de 5,63 condenações e/ou acusações por pessoa, muitos dos quais tinham antecedentes criminais "extremamente graves" e indivíduos procurados pelos seus países que tinham sido identificados e detidos. Atividades terroristas e participação em atos de tortura.
Houve também 113.431 detenções administrativas, 33.243 ao abrigo da Lei e 32.608 detenções criminais, resultando na apreensão de mais de 725 toneladas de estupefacientes, mais de 886 milhões de dólares em moeda (850 milhões de euros) e outros bens derivados de actividades criminosas, e aproximadamente 192 criminosos. milhões de dólares em moeda virtual (184 milhões de euros). Foram também identificadas e/ou recuperadas 1.783 crianças exploradas.