oxigênio A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a secretária-executiva do Itamaraty, María Laura da Rocha, fizeram o anúncio após reunião com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
“O diplomata André Correa do Lago é o presidente da Conferência das Partes. Aproveito para parabenizá-lo publicamente pela segunda vez e agradecer a disposição”, disse Marina Silva.
Corrêa do Lago agradeceu a indicação e disse que o encontro COP30 Brasil será um projeto construído em conjunto, incluindo além do governo, sociedade civil, empresas e “todos os atores importantes”.
Lula da Silva postou mensagem nas redes sociais reforçando a escolha anunciada pelo ministro do Meio Ambiente.
“A COP30 deste ano em Belém será presidida por André Corrêa do Lago, atual Ministro do Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, e Ana Toni, atual Secretária Nacional de Transformação do Itamaraty, como Diretora Executiva (CEO). ! Sediaremos a histórica COP30 para criar um futuro mais justo e sustentável para o nosso planeta”, escreveu o presidente brasileiro.
A COP30 será um momento crítico para garantir que sejam tomadas medidas concretas para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais estabelecidos no Acordo de Paris de 2015.
O acordo estabelece uma série de metas para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, mas a implementação dessas metas tem enfrentado atrasos e resistência à medida que o aquecimento global se intensifica. Em Janeiro, o Centro Europeu Copernicus informou que 2024 foi o ano mais quente da história e a primeira vez que a temperatura média da Terra ultrapassou a marca de 1,5°C em comparação com os níveis pré-industriais.
A COP30 no Brasil terá que lidar com questões espinhosas relacionadas ao financiamento dos países em desenvolvimento que permanecem sem solução e que, segundo especialistas de todo o mundo, se tornarão ainda mais difíceis à medida que o atual presidente norte-americano, Donald Trump, se retirar dos Estados Unidos. Na segunda-feira, assinou o Acordo de Paris, um dos primeiros projetos de lei do Executivo que assinou no cargo, tal como fez durante o seu primeiro mandato, em 2017.
Corrêa do Lago atua como Ministro do Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores do Brasil desde 2023. O diplomata foi o principal negociador do país sul-americano nas duas últimas cúpulas climáticas em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e em Baku, no Azerbaijão. Ele também foi o negociador-chefe nas negociações sobre mudanças climáticas do país sul-americano de 2011 a 2013.
Como diplomata, atuou na Embaixada do Brasil em Madri, Praga, Washington e Buenos Aires e na Missão junto à União Europeia em Bruxelas. Nos últimos anos, atuou como embaixador do país sul-americano no Japão (2013-2018) e na Índia (2018-2023).
Leia também: Lula da Silva diz que Brasil quer manter parceria com EUA