DG Artes. PS quer que governo justifique adiamento de jogos

azotoNas perguntas dirigidas à ministra da Cultura, Dalila Rodríguez, através da Assembleia da República, o grupo parlamentar do PS abordou ainda a “falta de aumento do financiamento para apoio a projetos” e o fim do “concurso previsto na declaração anual da Assembleia Geral”. Direcção das Artes (DGArtes) como “Artes para a Democracia” e “Artes e Coesão Territorial”.

“(...) Além do já notório desinvestimento e abandono (do setor), o concurso enquadra-se também num programa de apoio a projetos nas áreas da criação, edição, artes visuais, música, ópera e programação”, convida representantes do PS Recordem que estas competições “referem-se ainda a 2024, apenas com início em meados de janeiro de 2025, e os seus valores mantêm-se inalterados relativamente a 2023”.

De acordo com a declaração anual da DGArtes aprovada pelo ministro da Cultura em setembro de 2024, o programa de apoio a projetos implementado este ano tem um limite de 14,2 milhões de euros e o concurso deverá prolongar-se até ao final do ano.

No entanto, seis institutos – Artes Visuais, Escrita Criativa e Publicação, Internacionalização, Música e Ópera, Programação e Simplificação – abriram na quarta-feira, 15 de janeiro.

O PS considera que “pela primeira vez nos últimos anos o financiamento da concorrência não aumentou” e considera que isso “demonstra a estagnação das prioridades governamentais e da política cultural do Ministério da Cultura”.

Relativamente à extensão automática do apoio quadrienal aos apoiantes do Regime de Apoio Contínuo, os delegados recordaram que “o ministro comprometeu-se a resolver os atrasos até ao final do ano” ao determinar os critérios para permitir a renovação.

“O governo não cumpriu este regulamento. Até à data não houve informação pública sobre este procedimento por parte do Ministério da Cultura”, alertaram.

O novo modelo de apoio às artes que entra em vigor em 2021 oferece a possibilidade de renovação do apoio de quatro em quatro anos no âmbito de um programa de apoio em curso pelo mesmo período. Esta nova medida abrange as entidades apoiadas durante o ciclo 2023-2026.

O PS considera que “este desconfinamento presta um enorme desserviço aos profissionais, fragiliza estruturas relevantes e tem consequências para os cidadãos”.

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