Foi fácil para o Porto colocar a bola na baliza do Gil Vicente. Era difícil saber o que fazer com ela. Depois do revés da semana passada em Shupana, os cruzamentos errados, os remates falhados e a falta de determinação dos jogadores azuis e brancos voltaram a ficar visíveis. Os Dragões estão atualmente no terceiro lugar, quatro pontos atrás do Sporting Lisboa e um ponto atrás do Benfica, depois da derrota de domingo por 3-1 em Barcelos.
Vito Bruno prometeu na prévia que deixaria claro aos jogadores que assim como os minutos finais, os primeiros minutos do jogo são cruciais. Nos primeiros minutos, a mensagem parecia ter sido transmitida. O cabeceamento de Sandro Cruz por Samu, aos nove minutos, sinalizou um início forte para os visitantes, mas foi aí que começou e terminou o perigo do Porto no primeiro tempo.
Em seguida, um cruzamento de Fujimoto pela esquerda rompeu a defesa do Porto e Pablo Felipe saiu na frente. Diogo Costa fez uma entrada na pequena área e um pequeno desvio foi suficiente para o avançado brasileiro rematar para a baliza, marcando o primeiro golo do Gil Vicente. Aos 11 minutos, o Barcelona se viu na frente.
Apesar da vantagem inesperada, os gilistas aproveitaram a passividade do Porto e dominaram o jogo. Nos primeiros 45 minutos, “Garros” atacou quase inteiramente pela ala direita, aproveitando a vulnerabilidade demonstrada por João Mário.
Da defesa ao meio-campo e ao ataque, Vito Bruno não gostou do que viu. Ele fez com que seis jogadores saltassem ao mesmo tempo para se aquecer, mas esperaria até o segundo tempo para mudar a escalação. Samu foi o jogador mais insatisfeito do primeiro tempo. O avançado espanhol correu, quicou e lutou por todas as bolas, mas raramente - ou nunca - recebeu a bola do médio portista de frente para a baliza.
No primeiro tempo, Galeno teve um desempenho medíocre e foi sacrificado primeiro por Vito Bruno. Gonzalo Borges foi eleito pela direita. Demorou apenas três minutos para o substituto provar que a aposta estava certa. O rebote do remate de Namasso chegou ao espaço ocupado pelo estreante: desviou a bola de André com um remate em arco que fez explodir os adeptos azuis e brancos de Barcelos. O placar foi empatado aos 48 minutos.
O balão de oxigênio arduamente conquistado esvaziou em poucos minutos. Aos 53 minutos, após cobrança de escanteio, Josué marcou facilmente o segundo gol na primeira trave, sem ser marcado.
Com o início da contagem decrescente para os 90 minutos, os jogadores do Porto começaram a jogar mais com o coração do que com a mente. 87', nova bola de oxigénio para FC Porto e Vito Bruno. Gonzalo Borges voltou a igualar o marcador (2-2) com um remate da direita. No entanto, foram necessários apenas alguns segundos para que esta nova esperança fosse frustrada.
Ainda em plena celebração do golo, o árbitro Fabio Verissimo sinalizou movimentação irregular dentro da área do FC Porto no início do jogo. Ao analisar, não há dúvidas: Ottavio marcou pênalti e o Gil Vicente fez por merecer. O povo do Barcelona não os perdoou e de um possível empate o placar passou para 3 a 1 a favor dos portistas.
Os lenços brancos e os insultos já estavam lá, mas se intensificaram nos minutos finais. O desafio de Vito Bruno atinge novos patamares. Agora resta saber se poderá continuar como treinador dos Azuis e Brancos.