Como as indústrias estão adotando o hidrogênio verde e o biometano?

A Floene (antiga Galp Gás) é a primeira empresa a transportar hidrogénio verde na sua rede, promovendo o projeto Indústrias de Futuro com o objetivo de sensibilizar e incentivar as indústrias através da utilização de gases renováveis ​​(hidrogénio verde e biometano) na transição energética. Distribuição de Gás Natural.

Tudo começou há dois anos, depois de a Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) ter lançado um concurso para iniciativas que visassem tornar o consumo de energia mais eficiente. “Descobrimos que a indústria não está tão atenta, por isso, como operadores, propomos sensibilizar a indústria”, disse o líder do projecto Floene, Nuno Nascimento.

O primeiro passo é realizar pesquisas e diagnósticos setoriais, seguidos de sessões de conscientização e workshops. “A indústria não fecha os olhos, sabe que a descarbonização está acontecendo, mas algumas empresas não se dedicam tanto. A preocupação é como irão obter matéria-prima ou aceder a mais mercados”, observou Nuno Nascimento.

é a porcentagem de gás natural consumido pela indústria

Então nestas reuniões o que fazemos é sensibilizar para a poupança de custos energéticos e explicar que utilizando gás renovável “podem colocar um rótulo verde no produto” que traz mais valor e novo mercado.

Além disso, algumas indústrias estão preocupadas com o próprio gás renovável, o mais recente hidrogénio verde. “O biometano é um gás natural renovável feito a partir de resíduos urbanos (lixo comum) que possui a mesma composição química do gás natural fóssil”, ou seja, sem alterar nenhum processo industrial. A mesma coisa não acontece com o hidrogênio.

“Querem saber como queima, como reage dentro do forno… Por exemplo, a indústria cerâmica quer saber se afeta a cor ou o brilho, porque o hidrogénio liberta água quando queima”, explicou o gerente da Floene.

Todo o processo já está concluído, e a Floene (em parceria com 19 associações e instituições) apresentou estas e outras conclusões numa reunião esta terça-feira, onde também será discutido o tema dos gases renováveis, bem como o que tem sido levantado em curso ou em curso. desenvolvimento de projetos.

O facto é que para o Florene, para distribuir estes gases renováveis ​​às indústrias interessadas em utilizá-los, é necessário que haja empresas que produzam estes gases, que é um processo que está a começar agora, e o hidrogénio é mais difícil que o biometano, porque o hidrogénio é parte do biometano. Uma tecnologia nova e mais cara pode exigir apoio financeiro, institucional e regulamentar.

Na verdade, estas questões também serão abordadas na reunião de amanhã, assim como o papel do governo em todo o processo. Porque a transição energética industrial é crucial para a descarbonização eficiente da economia e para a concretização dos objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030), afirmou Nuno Nascimento.

o que é?

A conferência, organizada pela Floene e na qual o Expresso participou como media partner, marcou o fim do projeto Indústrias de Futuro, um projeto de dois anos que organizou reuniões de sensibilização sobre gases renováveis ​​e a sua utilização industrial em todo o país e seminários.

Quando, onde, quando?

22 de janeiro de 2024, 9h00-13h00, Centro de Conhecimento Parque das Nações de Lisboa

Quem participará?

Por que esta reunião é tão importante?

A indústria é um dos maiores consumidores de gás natural e para conseguir uma transição energética eficaz é necessário que estas empresas passem a utilizar outro tipo de combustível nas suas atividades e o gás natural renovável é considerado a melhor opção o que a maioria das empresas não o é ( ainda) capaz de utilizar eletricidade renovável para descarbonizar as suas atividades.