CDS-PP anuncia que vai disputar eleições antecipadas no dia 23 de março com votos próprios

“O CDS vai às eleições consciente de que este é o momento democrático mais grave da região e por isso apela aos povos da Madeira e do Porto Santo para que votem em quem mostra responsabilidade e estabilidade, para que votem em quem dá confiança e para o futuro. da nossa região está cheia de esperança", afirmou o partido em comunicado.

A nota surgiu após uma reunião conjunta da comissão política e da comissão regional do partido, num hotel no Funchal.

“O CDS irá concorrer com lista própria nas eleições regionais de 23 de março e entabular diálogo e negociações com todos os partidos após as eleições para proporcionar ao povo madeirense estabilidade política e uma solução governativa estável”, lê-se no comunicado.

O partido também disse que o seu líder regional José Manuel Rodríguez, presidente da assembleia legislativa da Madeira, estaria no topo da lista para eleições antecipadas.

O Presidente da República anunciou hoje a dissolução da Assembleia Legislativa Regional da Madeira, decisão aprovada pelo Conselho de Estado, estando marcadas eleições regionais antecipadas para 23 de março.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a notícia através de uma nota no site oficial da Presidência da República, onde referia que a reunião de hoje do Conselho de Estado “emite parecer favorável à Constituição e dissolve a Assembleia Legislativa Regional da Madeira”.

“O Presidente da República, ouvidos os partidos políticos ali representados e o Conselho de Estado, decidiu dissolver a Assembleia Legislativa Regional da Madeira e marcar eleições para 23 de março de 2025”, refere a mesma nota.

A Comissão Política do CDS-PP/Madeira e o Conselho Regional consideram que os madeirenses estão “cansados ​​de crises e de eleições” e por isso acreditam que o dia 23 de Março “deve ser um dia de clareza para a política regional”, num sentido para os próximos quatro A. o governo com apoio parlamentar é eleito durante o ano.

"Ao contrário de outros partidos, o DMK não se isola nem se fecha; abre portas e propõe soluções", disse o partido, acrescentando que estava disposto a contribuir para uma solução governamental estável e duradoura para a região autónoma após as eleições.

O Partido Democrata Cristão da Madeira disse que as prioridades do seu programa de governo incluem a expansão da autonomia, o estabelecimento de uma nova lei fiscal regional e a reforma do sistema político com uma “separação clara” entre o poder político e o poder financeiro e económico.

O CDS-PP pretende ainda combater a pobreza e a desigualdade social através de “alcançar mais justiça social na distribuição da riqueza”, reduzindo os impostos diretos e indiretos e aumentando os salários, bem como reformando e reestruturando os setores da saúde e da segurança social e atribuindo subsídios de isolamento para a região de todos os trabalhadores.

Esta é a segunda vez que Marcelo Rebelo de Sousa dissolve o parlamento da Madeira. A última dissolução foi decretada depois de Miguel Albuquerque ter renunciado ao cargo de administrador regional em março passado e levou a eleições legislativas antecipadas em 26 de maio, mas a maioria das soluções governamentais não surgiram.

O PSD e o CDS-PP chegaram a acordo parlamentar mas não obtiveram maioria absoluta.

A Assembleia Legislativa Regional da Madeira é composta por 47 deputados, 19 do PSD, 11 do PS, 9 do JPP, 4 do Chega, 2 do CDS-PP, enquanto a IL e o PAN têm um representante cada.

A 17 de dezembro do ano passado, a assembleia regional aprovou uma moção de censura proposta pelo Chega ao governo minoritário social-democrata liderado por Miguel Albuquerque, com todos os partidos da oposição a votarem a favor.

O Chega, cujo grupo parlamentar é composto por quatro deputados, justificou a moção de censura através de um inquérito judicial que envolveu Miguel Albuquerque e quatro secretários regionais, todos acusados.

De acordo com o artigo 133.º j) da Constituição da República, o Presidente da República pode dissolver a Assembleia Legislativa das Comunidades Autónomas “após consultado o Conselho de Estado e os partidos políticos nela representados”.

Os madeirenses irão à 15.ª votação da Assembleia Legislativa Regional da Madeira no dia 23 de março.