azotoNum requerimento a enviar hoje à comissão de saúde do parlamento, o BE afirma que “o que se sabe atualmente sobre a conduta de Gandra d’Almeida levanta uma série de questões que carecem de esclarecimento”.
“Como foi possível conseguir, desde o início, a acumulação de tais funções e salário, um lucro de cerca de 200 mil euros com a prestação de serviços ao SNS, e, depois disso, a nomeação como Administrador Executivo do mesmo SNS, Com a confiança do ministro da Receita Geral Por causa do SNS há falta de profissionais nos quadros, como é que uma pessoa que ganhou 200 mil euros em dois anos pode ser colocada à frente de todo o Serviço Nacional de Saúde?", lê-se no comunicado. disse.
O BE considera que “é agora claro que a sua visão de saúde e os interesses pessoais (de Gandra d’Almeida) são antitéticos ao fortalecimento do SNS e à sua dotação e recursos adequados”.
“Mas isto talvez esteja em linha com a visão e o plano de emergência do Governo, que foi elaborado por outro membro do mesmo grupo ligado ao PSD e ao CDS e à divisão regional da Ordem dos Médicos”, acrescentou.
O BE recorda em comunicado que António Gandra d'Almeida renunciou ao cargo de Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 17 de janeiro de 2025, depois de uma investigação ter revelado que Gandra ·Gandra d'Almeida, que tem trabalhado ilegalmente em Faro há dois anos nos serviços médicos de Portimão, exerce a função de chefe da delegação do INEM Região Norte.
“Vai arrecadar cerca de 200 mil euros através da acumulação destas funções, que são contrárias ao regulamento de pessoal que rege os serviços e instituições da administração central, regional e local do país e para as quais não está autorizado pelo INEM”, acrescentou.
O BE afirmou ainda que “Ainda com base na mesma investigação, para contornar a exclusividade por si assumida e a não delegação de funções acumuladas pelo INEM, Gandra d’Almeida irá constituir uma empresa prestadora de serviços contratada pelos hospitais de Faro e Portimão", podendo cobrar 50€/hora pela prestação de serviços e ao mesmo tempo receber remuneração como Diretor Regional do INEM”.
“Recorde-se que o atual governo nomeou Gandra d’Almeida como diretor executivo do SNS em maio de 2024, de entre os dirigentes das unidades regionais da Associação dos Médicos do Norte ligadas ao PSD e ao CDS. empresas do sector da saúde, entidades com as quais o Estado contrata serviços, etc.", acrescentando que "outros nomes surgiram no mesmo núcleo, tanto governamentais como no domínio da saúde com funções importantes". A Governança em Saúde, caso da Secretária de Estado Ana Povo ou do Coordenador do Programa Emergencial Eurico Castro Alves prevê a privatização de alguns serviços do SUS ou a transferência de recursos para entidade externa”.
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