Auditoria forense ao FC Porto revela infrações de 58,6 ME. Super Dragões beneficiam em 5 ME - I Liga

A I-League FC anunciou hoje que o FC Porto concluiu o projeto de auditoria forense que iniciou com a Deloitte Consulting, na sequência das promessas eleitorais do presidente André Villas-Boas, e que o disponibilizará ao público na quinta-feira.

Relatório publicado no portal de transparência do Clube Azul e Branco mostrou que a auditoria revelou irregularidades de aproximadamente R$ 58,6 milhões. Ao longo das cinco épocas analisadas (2017/18, 2018/19, 2021/22, 2022/23 e 2023/24), o clube perdeu um acumulado de 5,1 milhões de euros na venda de bilhetes nos Super Dragões e nas Casas do FC Porto.

Entre os benefícios para os adeptos dos Super Dragões, o clube identificou “uma dívida pendente de 2 milhões de euros relativa à venda (e entrega) de bilhetes para os Super Dragões, que a associação não reembolsou (pendente); O FC Porto Casas carecia de documentação que justificasse o negócio. "

Também foram destacadas as perdas relacionadas ao apoio logístico do Super Dragões, com “estimativas de 1,45 milhão de reais em despesas indevidas (faturas não enquadradas no acordo), uso indevido de recursos do clube para custear despesas pessoais de viagens de sócios e familiares do clube”. conselho de administração Super Dragões contra destinos que não acolhem competições de clubes (como Cuba, Cancún, Maldivas, Brasil, Tanzânia, Ibiza, Sardenha…)”, pode ler-se no relatório.

O relatório acrescenta ainda: “Além disso, foram pagos cerca de 800 mil euros para despesas adicionais relacionadas com viagens turísticas, que são classificadas como despesas elegíveis nos termos do actual acordo”.

O Porto perderá 850 mil euros devido ao desconto indevido do valor nominal dos bilhetes. Há ainda 340 mil euros, referentes à disponibilização indevida de bilhetes para jogos de grande relevância de bilheteira, como o Porto Barcelona, ​​no período de aniversário dos adeptos dos Super Dragões.

A equipa do FC Porto perdeu 110 euros na venda de bilhetes devido “ao número de bilhetes superior à carteira média permitida (limitada a 2.500 bilhetes)”, enquanto algumas equipas que não venderam bilhetes também perderam 81 mil euros. Fornecimento de dados legais obrigatórios.

Porto perde 50 ME, paga comissão “acima do benchmark FIFA”

Em termos de transferências de jogadores, a auditoria forense revelou que houve 879 transações de transferência com uma comissão total acordada de 158 milhões de euros. Deste montante, o clube pagou 50 milhões de euros "por uma comissão acordada acima dos benchmarks da FIFA e/ou padrões de mercado (10% do valor do acordo de entrada/saída, 3% do valor do acordo de renovação)".

O relatório enfatiza que “se seguidas as restrições da FIFA e/ou padrões de mercado, o excesso de comissão é de 47% e o valor do contrato é de R$ 155,8 milhões, enquanto o limite máximo é de R$ 105,9 milhões”.

A auditoria constatou uma concentração de intermediários e revelou que “50% das comissões (80 milhões de euros) foram atribuídas a apenas oito agentes, 35% das quais concentradas em três intermediários principais”, nomeadamente Gestifute, PP Sports + N1 Carreiras Desportivas e Beto Conselho de Rucci.