Atividade da gripe passa de crescente para estável

O boletim do INSA sobre a vigilância epidemiológica dos vírus respiratórios durante a semana de 6 a 12 de janeiro mostrou também que a mortalidade por todas as causas na faixa etária dos 75 ou mais anos e nas mulheres foi superior ao esperado a nível nacional.

Comparando com a tendência crescente observada pelo INSA na semana anterior, os dados mais recentes mostram que a atividade da gripe em Portugal ainda se mantém, mas a tendência é atualmente estável.

“Durante a temporada 2024/2025, os laboratórios da Rede Brasileira de Laboratórios de Diagnóstico de Influenza e Outros Vírus Respiratórios (Hospitais) notificaram 53.318 casos de infecções respiratórias e confirmaram 6.128 casos de influenza”, afirma a assessoria.

Segundo o INSA, na segunda semana deste ano, as 19 unidades de cuidados intensivos que enviaram a informação reportaram nove casos de gripe, cinco dos quais foram confirmados como vírus influenza A.

Do total de casos notificados esta semana, 7 tinham condições médicas crónicas e 8 foram recomendados para receber a vacina contra a gripe sazonal, mas apenas 2 receberam a vacina.

Esta semana, a proporção de casos de gripe nas unidades de cuidados intensivos foi de 4,9%, inferior à semana anterior (6,7%).

Nesta temporada, a Rede Sentinela de Vigilância também notificou 255 hospitalizações por infecção pelo vírus sincicial respiratório em crianças menores de 24 meses de idade, e a tendência atual de hospitalizações é estável.

Em Portugal, o programa nacional de vigilância é composto por uma rede de médicos sentinela (médicos de família), serviços obstétricos de urgência, uma rede de laboratórios portugueses de diagnóstico de vírus influenza e outros vírus respiratórios e unidades de cuidados intensivos (UCI).

Normalmente, o programa inicia-se no início de outubro e termina em maio do ano seguinte, integrando componentes de monitorização clínica e laboratorial.

Tal como acontece com a gripe, o surgimento de infeções respiratórias no inverno levou a um aumento da pressão sobre os cuidados de saúde primários e hospitalares, obrigando alguns hospitais a ativar planos de contingência para fazer face à crescente procura.

Como medida de precaução, as autoridades insistiram na vacinação sazonal a partir de 20 de setembro e já vacinaram mais de 2,3 milhões de pessoas contra a gripe e cerca de 1,5 milhões de pessoas com doses de reforço da Covid-19.