Adiar ao máximo a visita dos idosos aos lares de idosos: Parlamento aprova a Lei das Pessoas Idosas

Patrick/Flickr

A principal prioridade do regulamento é apoiar os idosos a permanecerem em casa e adiarem a admissão num lar de idosos o máximo possível: eles têm a liberdade de tomar decisões, “incluindo onde desejam viver”.

A Lei dos Anciãos foi aprovada no Parlamento na sexta-feira, Vota contra PCP, bloco de esquerda abstém-see outras propostas no mesmo âmbito também foram aprovadas.

A proposta de lei do governo foi aprovada em Conselho de Ministros em outubro de 2024 e recebeu o voto afirmativo do representante único do Partido Socialista, Partido Social Democrata, Partido Social Democrata, Chega, Partido da Iniciativa Liberal, Partido Liberal e Partido da Ação Nacional.

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que apresentou o documento no Parlamento, disse que o objectivo é incorporar no mesmo instrumento jurídico um conjunto de direitos já em vigor, ao mesmo tempo que se desenvolvem políticas públicas para promover envelhecimento ativo e receber a atenção de toda a sociedade.

Ao abrigo dos novos regulamentos, uma relação familiar já não é uma condição obrigatória para o estatuto de cuidador informal primário e, se existir uma relação familiar com a pessoa que está a ser cuidada, já não há necessidade de congruência financeira entre os dois.

As principais prioridades do regulamento são Apoiar os idosos a ficarem em casa e adiar a sua estadia num lar de idosos sempre que possível: A lei afirma que os idosos têm o direito de tomar decisões autónomas e livres sobre as suas vidas, “incluindo onde desejam viver”, citando a lei.

Para atingir este objectivo, o governo também se comprometeu a Expandindo os serviços de atendimento remoto (para emergências e todos os tipos de serviços e reparos domésticos) e Expandindo o apoio estatal aos usuários de respostas sociais Dessa forma, poderiam beneficiar do sector privado “enquanto a rede pública não responder”, sem fornecer mais detalhes.

Projeto PS rejeitado

A deputada do Partido Socialista, Ana Sofia Antunes, apresentou o projecto de lei do seu partido, que prevê Programas que apoiam a autonomia, saúde e segurança dos idososacabou por ser contestado por PSD, CDS e Chega, afirmando que incluía medidas concretas que teriam um impacto efetivo na vida dos idosos.

Considera que os idosos têm agora estes direitos não porque “uma série de direitos estão incluídos no documento ‘provisório’”, mas porque “as pessoas já têm esses direitos” e o que precisam é de medidas concretas como as propostas pelo PS.

Livre acusa governo de roubo, Brocco diz que vozes de idosos não são ouvidas

O deputado do Livre Rui Tavares acusou o Governo de roubar uma iniciativa de 2023, quando o partido propôs uma Carta dos Direitos dos Idosos, que o PSD votou na altura, e de “devolvê-la com muito menos direitos do que antes”.

Por outro lado, o deputado do Bloco de Esquerda José Soero criticou o governo por não ouvir as associações representativas dos idosos antes de finalizar o documento.

Em resposta, o ministro elogiou o consenso alcançado sobre o tema e a sua importância, mas sublinhou que existem divergências de opinião sobre a abordagem a adoptar para resolver a questão.

Respondendo ao deputado Rui Tavares, respondeu que a Carta dos Direitos dos Idosos “não tem consequências” e que o Governo está a tentar “fazer coisas que ainda não foram feitas” e aproveitou para se dirigir à deputada socialista Ana Sofia Antunes disse que o os direitos das pessoas idosas existem, mas não de uma forma abrangente.

O deputado José Soero afirmou que as opiniões destas associações foram ouvidas em diversas ocasiões e que o título do documento foi sugerido por uma delas.

Acrescentou que os documentos do Governo continham a maior parte das recomendações do partido Chega sobre o tema e que o executivo tomaria “medidas mais rápidas do que antes”.

Além das leis propostas pelo governo, foram também aprovados projetos de resolução do Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), entre eles a aprovação da Estratégia Europeia para os Idosos, o projeto de resolução do CDS-PP sobre o desenvolvimento de uma estratégia nacional pelo envelhecimento ativo, o BE em nome dos idosos para o programa de Institucionalização, o Livre defende a adoção de uma convenção internacional sobre os direitos dos idosos e o Chega defende condições de vida física e emocional mais dignas.

Todos estes projetos de lei serão agora discutidos nas respetivas comissões parlamentares.

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