A Iniciativa Liberal (IL) quer que o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) inclua a nacionalidade e o género dos infratores e das vítimas para evitar que “lacunas estatísticas” sejam “exploradas politicamente”.
Esta quarta-feira, a IL apresentará ao Parlamento uma resolução solicitando ao RASI que revele a nacionalidade e o género dos infratores e das vítimas, argumentando que os dados ajudarão Combatendo a desinformação.
O RASI “proporciona aos portugueses uma perspetiva global no combate ao crime” e é “uma ferramenta essencial no combate ao crime”, refere a Liberty Initiative num projeto de resolução, que é uma recomendação ao Governo e não tem força jurídica. . Análise séria, consciente e responsável Segurança pública e situação da criminalidade em Portugal”.
“Através da comparação contínua de dados criminais, o RASI permite que a discussão e implementação de políticas públicas relacionadas com a segurança interna sejam suportadas por dados credíveis, fiáveis, transparentes e completos”, lê-se no texto.
No entanto, a IL considera que a informação actual publicada pelo RASI e pelo portal online de estatísticas judiciais não é suficiente, pois "apenas fornece dados refinados, dificultando uma análise mais detalhada e específica para obter uma compreensão aprofundada da dinâmica do crime, sócio-demográfica". Características dos atores, especificidades locais e padrões de evolução dos fenómenos criminais”.
O partido considera assim que “a recolha, disponibilização e publicação de dados através do Portal Online de Estatísticas Judiciárias e posterior compilação no RASI devem ser reforçadas, tendo em conta a transparência Não Obtenha informações".
“As estatísticas de crimes relatados devem, portanto, incluir informações claras e completas sobre a actividade criminosa. Gênero, idade, nacionalidade A parte argumentou que a autorização de residência ou tipo de residência dos perpetradores e das vítimas.
“A política de dados correta é a base para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e pode e deve ser usada Identificar padrões A IL considera actividade criminosa, entre outras, a criminalidade transnacional, o tráfico de seres humanos, a migração irregular ou as redes de tráfico de droga.
"e Combater a desinformação e a exploração política Lacunas estatísticas que revelam o verdadeiro valor da filigrana política. A falta de informação é um precursor da desinformação e da política baseada na emoção. A IL acredita que a política deve basear-se em factos e dados, que são contraproducentes se estiverem em falta ou forem de má qualidade”, escreveu.
O Estado parte considera que ao divulgar dados sobre agressores e vítimas, o Estado "Ajude a melhorar o debate público e a combater a desinformaçãoao mesmo tempo que promove a confiança nas instituições democráticas e sustenta métodos científicos para a formulação de políticas públicas.”
No programa da Rádio Observador "O vencedor é..." o repórter Paulo Ferreira destacou esta proposta de LI, que visa "Acabe com a 'adivinhação'".
“Há meses que discutimos, de uma forma ou de outra, se existe uma relação entre imigração e crime, mas não existe nenhuma base de dados, existe apenas em percepções. Esta proposta de IL é bem-vinda, mas é tarde demais”. , ele pensa.
"Somente com base em dados podemos tirar conclusões; se isso não é 'adivinhação' de um lado; 'adivinhação' de outro; estamos trabalhando nisso há meses."