Sejamos honestos… – ECO
Uma comunicação clara, simples e direta é absolutamente fundamental. Portanto, evitemos jargões científicos e mensagens complicadas e criptografadas com um asterisco no final.
Parece ingénuo falar de sustentabilidade quando o país mais poderoso do mundo está pronto para mudar e levar consigo o resto do mundo. Quando conhecemos nossa posição, metas e objetivos método de trabalho Quanto a quem irá liderá-la, é quase um ato de fé questionar se o que foi construído nos últimos anos poderá resistir aos próximos quatro anos.
Em primeiro lugar, espero que as marcas e as empresas não sigam os maus exemplos das plataformas digitais que preferem o relacionamento do presidente à verdade. No entanto, a sustentabilidade ganha espaço e relevância na comunicação de marcas e empresas que procuram influenciar positivamente o comportamento do consumidor e criar um futuro mais equilibrado para todos. No entanto, fiquei um pouco surpreso ao ver que algumas atividades poderiam transmitir algo mais…
É fundamental que as empresas e marcas que pretendam comunicar sustentabilidade de forma eficaz adotem uma abordagem que equilibre as suas aspirações legítimas com a transparência. As comunicações publicitárias tradicionais estão repletas de superlativos. Nas comunicações sobre sustentabilidade, as afirmações de que um produto é “o mais sustentável” ou “100% ecológico” são exageradas e enganosas. A sustentabilidade não é um destino, mas uma jornada contínua, atingindo um objetivo imediatamente seguido de outro. É um ciclo interminável de melhorias constantes e marcos alcançados. A honestidade no reconhecimento dos factos, das limitações dos pressupostos e dos desafios inerentes transmitirá autenticidade e, assim, construirá confiança junto dos consumidores.
Portanto, a transparência é outro pilar fundamental. Comunicar a sustentabilidade e a sua promessa requer dados claros e verificáveis. Quando uma marca ou empresa reporta publicamente seus progressos ou mesmo desafios, ela tem maiores chances de influenciar consumidores conscientes e exigentes. Como sempre dizemos, a verdade defende as marcas. Não importa o quão difícil seja.
A sustentabilidade não é a única variável no processo de compra; o preço, a qualidade e a conveniência continuam a desempenhar um papel decisivo. Esperar que os consumidores escolham com base em apenas uma característica certamente não é a melhor estratégia. As marcas têm de ser sustentáveis porque essa tem de ser a sua missão e propósito, e não porque seja um argumento comercial de curto prazo. Isto significa que os produtos e serviços precisam de continuar a proporcionar benefícios tangíveis, além de cumprirem “meramente” as normas ambientais ou sociais.
Uma comunicação clara, simples e direta é absolutamente fundamental. Portanto, evitemos jargões científicos e mensagens criptografadas complexas com um asterisco no final. Se a mensagem for simples e direta, as chances de o público compreendê-la claramente e ter um impacto positivo no seu comportamento e nas suas escolhas aumentam exponencialmente.
A comunicação sobre sustentabilidade requer uma perspectiva de longo prazo. Grandes mudanças não podem acontecer da noite para o dia. Eles precisam de tempo. Portanto, este modelo de comunicação é um processo gradual que requer consistência. Não recomendo considerar a sustentabilidade como uma tendência ou moda passageira. A sustentabilidade deve ser abordada no nível estratégico e de valores da marca e da organização.
Dizer a verdade, utilizar dados mensuráveis, comunicá-los de forma clara, simples e direta, acreditar que o objetivo final não é algo a ser alcançado e entender que o que importa é o longo prazo são absolutamente fundamentais para marcas e empresas. Aliás, se os políticos seguissem o mesmo exemplo, o mundo certamente seria um lugar melhor!