Sapadores formados em Coimbra para limpar florestas com mais cuidado
A Escola Superior Agrária de Coimbra inicia esta semana uma operação nas suas florestas que irá também formar equipas de engenheiros sobre outra forma mais inteligente e sustentável de limpar florestas.
A iniciativa, uma colaboração entre a Agrária e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), utiliza a floresta da própria escola composta por espécies autóctones como espaço de formação para demonstrar um método alternativo de limpeza da floresta, o que não é o caso de Joachim, professor da instituição Joaquim Sande Silva disse à agência Lusa que se tratava simplesmente de cortar qualquer vegetação que pudesse estar presente.
“A grande maioria dos bombeiros passa a maior parte do tempo a cortar vegetação continuamente sem quaisquer normas e isso não é culpa dos bombeiros que em muitos casos não estão treinados para fazer algo diferente”, afirmou o corpo de bombeiros. Professor, vem estudando a área de gerenciamento de combustíveis. Joaquim Sande Silva disse que houve uma nova intensificação dos esforços de limpeza de terrenos e áreas florestais após os incêndios de 2017, mas na maioria dos casos “foi só uma questão de derrubar tudo e passar para o local seguinte”. Agora, para os professores da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), é necessário inverter este paradigma e formar equipas de engenharia em operações de restauração florestal.
A ideia é garantir que as equipes se concentrem em possíveis espécies de árvores nativas do local que possam criar condições para “mais sombra, mais umidade, menos vento e temperaturas mais baixas do solo” quando adultos no futuro. Isso dificulta a propagação do fogo, disse ele, “ao contrário do que acontece em áreas abertas e quando é destruído por cortadores de grama”.
“Outra grande vantagem é que este tipo de limpeza evita a entrada de espécies invasoras que são incentivadas pelo trabalho que estas equipas estão a fazer atualmente”, disse. Durante essas operações de limpeza, a equipe teve que identificar árvores potenciais que poderiam fornecer sombra no futuro e remover galhos das áreas mais baixas da copa para quebrar a continuidade vertical de combustível e combustível, disseram os pesquisadores. Torna mais difícil a propagação do fogo.
Ele lamentou: “Infelizmente, a profissão de engenheiro florestal raramente é valorizada e desprezada. Ele é considerado o responsável pelo corte e desmatamento, e nada mais”.
Uma equipa de engenheiros florestais de Montemor-o-Velho está em formação na Agrária até ao final deste mês, em cooperação com a gestão regional do ICNF.
Joaquim Sander Silva manifestou a esperança de dar continuidade ao plano recém-iniciado de criação de uma unidade de formação de curta duração para equipas de engenharia focadas neste tipo de operações.
“Esta é uma iniciativa de Midlands, mas queremos expandi-la por todo o país”, disse ele.