Ministro da Segurança rejeita trégua com o Hamas
“DNo ano passado utilizámos o nosso poder político para bloquear com sucesso a ratificação deste acordo”, disse o líder do partido ultranacionalista Podel numa mensagem publicada nas redes sociais.
Ben Gweil classificou a proposta de trégua como “terrível” e uma “capitulação” ao Hamas, que prevê a libertação gradual de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos em Israel.
Itamar Ben Gvir pediu ao ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, que “informe clara e firmemente ao primeiro-ministro que não haverá outra alternativa senão renunciar se o acordo for aprovado”.
Smotrich rejeitou na segunda-feira uma proposta de trégua negociada pelo Catar, mas não chegou a se comprometer a abandonar a coalizão, como Ben Gweil havia exigido.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reuniu-se com os dois ministros no sábado para reconhecer formalmente sua oposição ao acordo de reféns.
Segundo o jornal israelita Walla, a equipa presidencial acredita que Ben Gvir deixará o governo se Israel aceitar o acordo com o Hamas, razão pela qual Netanyahu está a tentar convencer Smotrich a limitar-se a votar contra a proposta sem abandonar a aliança. para evitar eleições antecipadas.
Hoje, Ben Gwell admitiu que a retirada do Poder Judeu da coligação não iria por si só impedir a implementação do acordo.
O ministro também apelou a Netanyahu para bloquear completamente a ajuda humanitária, bem como a entrada de combustível, electricidade e água em Gaza.
Após mais de 15 meses de guerra, o enclave palestiniano enfrenta uma crise humanitária sem precedentes.
A rodada final de negociações entre Israel e o Hamas sobre uma trégua em Gaza deverá ocorrer hoje no Catar, disse à AFP uma fonte com conhecimento das negociações.
As conversações, realizadas no Qatar, visam pôr fim a uma guerra de 15 meses no enclave palestiniano.
“A ronda final de negociações deverá realizar-se hoje em Doha” entre o chefe dos serviços secretos israelitas, o mediador dos EUA e o primeiro-ministro do Qatar, bem como o mediador e o movimento palestiniano Hamas.
A fonte não identificada que falou à France Presse acrescentou que o objetivo da reunião era “finalizar os detalhes finais do acordo”.
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